O magistério de Gravataí deflagra greve nesta terça-feira mesmo com retomada das negociações, o que tratei nesta segunda em A menos de 24h da greve, governo Zaffa e professores retomam negociação pelo pagamento do piso em Gravataí; O cantinho do castigo e a lição de grandeza e Governo Zaffa e professores avançam no pagamento do piso em Gravataí: substitutivo pode evitar greve; A difícil negociação do 4 para os 60 milhões.
– É decisão tirada na assembleia – disse, em vídeo no Instagram, a presidente do sindicato dos professores, Vitalina Gonçalves, explicando que a categoria aprovou a paralisação caso não seja retirado o projeto de lei 79/2023, que revoga leis de níveis aprovadas em 2019 e que garantem a repercussão do piso nas carreiras com uma distância salarial de 10% entre os diferentes níveis dos professores.
Na reunião de hoje, o governo Luiz Zaffalon sinalizou com uma proposta, ainda mantida em sigilo, que seria aprofundada em reunião nesta terça, antes de ser encaminhada à Câmara de Vereadores em um substitutivo ao PL 79.
No vídeo, Vitalina convocou a categoria para fazer uma vigília em frente à Secretaria da Educação, a partir das 13h, onde acontece a segunda reunião de negociação.
A presidente deixou em aberto a possibilidade de, a partir da proposta, chamar uma nova assembleia após a reunião.
Ao fim, concluo da mesma forma que no último artigo: por enquanto, há de se saudar governo e sindicato à mesa buscando uma solução para um impasse cuja dimensão pode ser calculada pelo custo do piso só para quem hoje ganha abaixo – R$ 4 milhões – e o ‘piso em cascata’, com repercussão na carreira, que ultrapassa os R$ 60 milhões para professores ativos e inativos.
Greve, ainda mais no encerramento de um ano letivo, é final infeliz tanto para governo, quanto para sindicato – a adesão e as repercussões mostrarão.
