Pelo menos mais dois loteamentos do tamanho do Breno Jardim Garcia são necessários para pelo menos amenizar o déficit habitacional de Gravataí, atualmente na casa das 8 mil famílias pelo que revelou nesta segunda-feira (13/1) para o Seguinte: a secretária municipal de Habitação, Saneamento e Projetos Especiais, Luciane Ferreira.
De acordo com Luciane, até o final deste mês ou nos primeiros dias de fevereiro que vem, no máximo, todas as casas do Residencial Breno Garcia, o maior loteamento popular do Sul do Brasil com 2.025 moradias, devem estar ocupadas. São em torno de 30 famílias que ainda não mudaram para o loteamento.
O início da ocupação da Fase II do residencial foi marcada pela presença, em 4 de outubro do ano passado, do ministro Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, foram entregues 1.013 novas moradias para 848 famílias selecionadas. As demais ainda precisavam assinar os contratos de financiamento.
— Encerramos este processo com chave de ouro. Mudamos 750 famílias que eram oriundas de área de risco, na primeira fase, em 30 dias, e em mais 10 ou 15 dias concluímos esta etapa com a mudança de todas as primeiras 1.012 famílias — lembrou Luciane, dizendo que o esquema de trabalho montado pela Prefeitura foi uma verdadeira “operação de guerra”.
Dia 29 deste mês, recorda a secretária, se completa um ano desde que as primeiras famílias passaram a residir no Breno Jardim Garcia, um residencial popular financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida, através da Caixa Econômica Federal e que começou em 2014, quando foram assinados os contratos para construção.
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Mais moradias
Provocada, a secretária Luciane confirma: o Residencial Breno Jardim Garcia é o empreendimento residencial “do século” na Região Metropolitana, considerando aspectos como tamanho do empreendimento e a população beneficiada com o programa habitacional, além da “intensidade do projeto e o envolvimento com as famílias”.
— Mexer com a vida de milhares de famílias, tirá-las da zona de conforto em que vinham vivendo, algumas a 30, 40 anos, e até 50 anos, não é algo fácil de fazer. Não é chegar aqui e dizer que vamos mudar e deu — garante.
Sobre a necessidade de novos programas para reduzir o déficit habitacional em Gravataí, a secretária da Habitação disse que hoje a situação é mais tranquila. Mesmo assim, estima que haja uma carência de aproximadamente 8 mil a 10 mil famílias que ainda necessitam de um lar para chamar de seu.
Ela lembra que há cerca de cinco anos, quando passou a exercer a função de secretária, a demanda reprimida somava quatro ou cinco décadas. Sem citar números exatos.
— O próprio (Residencial) Breno (Jardim Garcia) resolveu parte desta questão, e tem o fato de as próprias famílias terem se reorganizado, hoje a demanda reprimida é bem menor — explicou.
Segundo ela, o déficit habitacional no município ainda é muito grande.
— Avalio como sendo algo monstruoso. O que é necessário para atender as necessidades de moradia de famílias que vivem em situação precária ou em áreas de risco, ainda é muito grande — reforçou.
Confira no vídeo abaixo a entrevista da secretária Luciane Ferreira sobre a ocupação do Residencial Breno Jardim Garcia pelas famílias contempladas com os financiamentos da Caixa Econômica Federal. Para assistir, clique na imagem.