opinião

Meu partido é o umbigo; do vermelho ao verde oliva

Arte sobre obra do genial Pawel Kuczynski

É simbólico assistir policiais e bombeiros marcharem em Porto Alegre contra o ‘pacotaço do Eduardo Leite’, sob a sombra de bandeiras com estrelas, foices e martelos, nas cores vermelha e do arco-íris.

Esquece o ‘Trabalhadores, Uni-vos’, de Marx, o Karl, porque meu artigo está mais para o Groucho.

O ‘zeitgeist’, o ‘espírito do tempo’, é outro.

É um símbolo do ‘Meu Partido É O Umbigo’.

Na metafísica das ideologias, não passa de um holograma tão fake quanto o Cabo Daciolo eleito deputado federal pelo PSOL do Rio em 2014.

Sem torcida ou secação, instigo: não é incrível como o bolso une os diferentes?

Não trato neste artigo sobre ser justa ou injusta a capada que o governador propõe nos salários dos atuais e futuros servidores públicos estaduais; e nem se quem perde mais são os de sempre, os ‘mendigos de sala de aula’, ou se tira algum troco da ‘turma do perrengue’, que vive no arame com salário no teto.

Trato do PU, partido do umbigo.

"Pacífica". Assim foi descrita a manifestação. Afinal, ninguém avançou sobre os participantes, diferente do episódio que tratei em PM batendo em professor; Hannah Arendt estava certa.

Ninguém bateu na polícia.

Indo além, se a ‘ideologia do bolso’ une diferentes servidores, a ‘ideologia eleitoral’ contamina os políticos.

Além da esquerda, trepada num palanque (cuja demagogia se aproxima cada vez mais e na proporção dos anos longe do poder), tornaram-se ‘manifestantes’ também diversos políticos, do mesmo ou do outro lado da ferradura ideológica, que votaram explícita ou envergonhadamente em Eduardo Leite, e, ao que parece, às vésperas de eleições municipais não querem azedar a popularidade em mesma progressão que a do governador.

Até o MDB age no modo ‘napoleão de hospício’, já que não escolhe se sustenta que ‘o gringo estava certo’, ou condena em Leite o que faria José Ivo Sartori se estivesse no Piratini.

Salvador da Pátria seguirá sendo a profissão mais antiga do Brasil, esteja o cujo no governo ou na oposição.

Ao fim, parole-parole à parte, considero justo qualquer trabalhador lutar pelos seus direitos, olhe ou não para o umbigo do outro; porque aí é uma questão de empatia.

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