A prefeitura de Cachoeirinha divulgou realease agora há pouco informando que "diante da crise financeira e humanitária que assola a Venezuela e faz com que centenas de pessoas cruzem a fronteira com o Brasil em busca de um mínimo de dignidade, se colocou à disposição do governo brasileiro para acolher imigrantes que estão no estado de Roraima".
Em um ofício, enviado ao ministro da integração, Antônio de Pádua Andrade, no dia 30 de agosto, o prefeito Miki Breier (PSB) destaca “preocupação, em nível de dignidade humana, em relação à situação de centenas de venezuelanos chegados ao Brasil nos últimos tempos”.
O documento lembra que o prefeito “historicamente sensível à questão dos direitos humanos, em nosso país e em nível mundial, percebe a necessidade de se superar preconceitos xenofóbicos e fronteiras físicas, e materializar os princípios básicos inerentes ao humano em nível de solidariedade entre os irmãos mais próximos e, neste caso, entre os povos”.
Cidades vizinhas à Cachoeirinha, como Canoas e Esteio, já estão se preparando para o acolhimento ao imigrantes. O secretário municipal de cidadania, assistência social e habitação, Valdir Mattos, revela que “apesar de estamos aguardando a resposta do ministério da integração, já estamos estabelecendo as parcerias necessárias para viabilizar este acolhimento. Já conversamos com um empreendimento local que possibilita o alojamento de 80 pessoas”.
A situação em Roraima é dramática. Conforme a casa civil do governo federal, nos últimos dois meses, mais de 27 mil venezuelanos cruzaram a fronteira do Brasil por Roraima. Mais de 75 mil pediram para se regularizar entre 2015 e agosto de 2018. Com abrigos cheios, o estado tem refugiados em situação de rua em 11 das 15 cidades.