crise do coronavírus

Miki joga para torcida ao recorrer, Marco Alba reconhece ’doença’ na saúde; comerciantes, saibam como operar na bandeira vermelha!

Miki Breier, prefeito de Cachoeirinha, em live de sua casa, neste domingo

Cachoeirinha vai recorrer, Gravataí não, da reclassificação de bandeira laranja (risco médio) para vermelha (alto risco) no Distanciamento Controlado do Governo do RS. Esqueçam, comerciantes! Já analisem seus protocolos clicando aqui, porque vermelha será a bandeira a partir de terça, como já antecipei em Com o dobro de mortes e curva ascendente, região Gravataí-Cachoeirinha está em bandeira vermelha; saiba como ficam comércios.

Sob a ‘ideologia dos números’, que mostra Porto Alegre e Novo Hamburgo, regiões interligadas, com 95%, e 100% dos leitos de UTI ocupados, sinto informar que o prefeito de Cachoeirinha joga para a torcida – ou melhor: sua ‘não-torcida’, a milícia digital da ‘gripezinha’ – porque é candidato à reeleição; enquanto o prefeito de Gravataí assimila o golpe, enquanto briga com o governador pela perda do Mercado Livre.

Miki Breier anunciou em live neste domingo, que você assiste clicando aqui, que vai argumentar com Eduardo Leite que Cachoeirinha tem um hospital de campanha de 60 leitos com apenas 3 pacientes, e nenhum com necessidade de uso de respirador – há 8 ventiladores disponíveis.

– A tendência é o recurso não ser aceito, já que os indicadores da região não são bons – admitiu, ao listar 1269 testes, 955 não infectados, 250 confirmações da COVID-19 e 2 óbitos.

Não será. Cachoeirinha tem leitos de observação, combinemos. Casos graves continuam sendo transferidos para Porto Alegre, e até para o Litoral e Interior, e da mesma forma acontece com Gravataí.

Já Marco Alba, que não concorre à reeleição, disse ao Seguinte: nesta noite que Gravataí, com 242 casos e 7 mortes, não tem dados suficientes para contestar os indicadores do Governo do Estado, 8 entre os 11 pesquisados oscilando entre as bandeiras vermelha e preta nos últimos 7 dias. Reconhece, como repete sempre, a 'doença' no sistema de saúde gaúcho, em que UTIs superlotam a cada inverno, como o que começou hoje.

– Desde aberto nosso hospital de campanha está atolado – lamentou, sobre a estrutura com 10 leitos e, desde a sexta, 9 respiradores, 4 cedidos pela Santa Casa e 5 enviados pelo governo federal.

Ao menos os prefeitos convergem na realidade: apelam às suas comunidades, comerciantes e clientes, que colaborem.

– A bandeira vermelha é de ‘pare!’. Parem de acreditar que o coronavírus não é uma realidade – apelou Marco Alba, em live após cair na bandeira vermelha, que você assiste clicando aqui, e, na conversa de hoje comigo admitiu receio de “lockdown”, um ‘fecha-tudo’ após as duas semanas inevitáveis no vermelho.

– Pode-se enganar o fiscal, o prefeito, o governador ou o presidente, não o vírus. Não reconhece o momento delicado da pandemia é jogar contra a própria família e a dos outros – sintetizou Miki, com perfeição.

Ambos anunciaram maior fiscalização, mas é só retórica, anúncios que fazem por obrigação, para não ser acusados de prevaricar, para as prefeituras não sofrerem processos das famílias das vítimas mortas ou com pulmões comprometidos por dias num respirador.

Nem Cachoeirinha, nem Gravataí tem fiscais suficientes para cobrir 500 quilômetros quadrados – a soma das duas, e sem fronteiras controláveis com o ‘epicentro’ Porto Alegre, ou o ‘eixo da morte na RS-118’, que tratei neste sábado em Cachoeirinha tem segunda vítima; mortes pela COVID 19 se espalham pelo ’eixo da 118’.

Pouco falam mas, com a bandeira vermelha, as prefeituras, em muitos municípios o equivalente à ‘maior empresa’, têm que reduzir a um terço os funcionários na ativa.

Ao fim, parafraseio Millôr:

– Uma característica curiosa do covidiota se observa em restaurantes. O covidiota está sempre nas outras mesas.

 

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