Miki Breier não vai trabalhar na Secretaria de Assistência Social de Gravataí porque o prefeito Luiz Zaffalon não autorizou a indicação do ex-prefeito para cargo de chefia, que exigia função gratificada (FG).
O prefeito publicou vídeo neste sábado, condenando postagens que denuncia como fake news, sobre a polêmica que ganhou as redes sociais após o Seguinte: divulgar que Miki trabalharia em secretaria municipal e não na sala de aula, função para a qual é funcionário concursado desde os anos 90.
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Fato é que, na quarta-feira, o secretário de Assistência Social, Artêmio Airoldi, tinha confirmado ao Seguinte: que Miki fora apresentado aos conselheiros tutelares e faria a interlocução entre os conselhos Leste e Oeste.
– Já fizeram uma foto? – perguntei.
– Vamos fazer na segunda-feira e te mando – responde.
Quando chegou para o prefeito a informação de que Miki precisaria de FG para ocupar o cargo, não autorizou.
Miki, assim como foi apresentado, no dia seguinte se despediu dos conselheiros.
No vídeo, Zaffa comenta a projeção que fiz no artigo do Seguinte:, de que Miki “futuramente” poderia ser utilizado em “cargo mais elevado”, por ser “um servidor público experiente e qualificado”.
– É opinião do jornalista. Nunca disse isso – fala, no vídeo.
E é verdade. Foi uma análise que fiz baseada no currículo e competência de Miki.
Assim como é verdade que o secretário municipal apresentou Miki para o cargo e o prefeito não autorizou.
Não errei em nada, então? Errei sim. Entendi que o secretário tinha informado o prefeito sobre o cargo para o qual Miki tinha sido apresentado na secretaria.
Para os desinformados e informados do mal que, após o vídeo, espalham que “o Seguinte: publicou fake news”, aí estão os fatos. Cada um que julgue conforme sua régua, ou interesse.
Mas o que mais me incomoda não são as verdades múltiplas, características do ambiente da política, e sim o linchamento de Miki no Grande Tribunal das Redes Sociais.
Perante as leis brasileiras, ele é o Volmir, um cidadão como qualquer outro, que precisa trabalhar, como inclusive lembra Zaffa, no vídeo.
É funcionário concursado e recebe da Prefeitura. Vai receber para ficar em casa? Aí o prefeito seria responsabilizado.
Miki não está preso ou condenado a morte.
Foi afastado da Prefeitura de Cachoeirinha por suspeitas de corrupção em contratos de limpeza urbana, mas ainda não sofreu condenação.
E foi cassado por uma condenação eleitoral, por ter pago vantagens a funcionário públicos durante o período vedado da eleição; leia minha opinião sobre a decisão em É absurda cassação de Miki e Maurício pelo TRE.
Ao fim, Miki vai dar aula a partir de fevereiro.
Reputo será uma bonita reconstrução. Inspira o lecionar da Filosofia e Teologia com tua luta social e não deixa de meter um Lulu no violão para a galera, meu amigo.
“Nada do que foi será / De novo do jeito que já foi um dia / Tudo passa, tudo sempre passará”.
O resto é o resto.
E, como bem lembra Zaffa no vídeo, a fake news, jornalística, jurídica, política ou no grupo de zap, pode até matar; o próprio Miki testemunha em SEGUINTE TV: A primeira entrevista de Miki em vídeo após ser tirado da Prefeitura de Cachoeirinha; “Pensei em desistir de tudo, mas a vida é bela”.
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