O título da “zebra” Chelsea no primeiro Super Mundial de Clubes passou pela consagração de uma das maiores premissas do esporte bretão: futebol se ganha no meio-campo!
O time de Maresca amordaçou o PSG de Luís Enrique – sensação da temporada e favoritaço na finalíssima. Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz sucumbiram frente a Caicedo, Reece James (lateral de origem) e Enzo Fernández.
Tá, mas e a dupla Gre-Nal com isso? São muitos legados que podem – e devem – ecoar nas pranchetas de Mano Menezes e de Roger Machado. É claro que não estamos comparando times, jogadores, tampouco capacidade de investimento, mas, sim, defendendo a aplicação de algumas ideias comuns no Planeta Bola na atualidade.
A primeira delas é o famoso “camisa 10 pelo lado”. Num futebol com cada vez menos espaço, a equipe não pode depender apenas dos lampejos do armador clássico, que atua centralizado.
No Grêmio, Alysson Edward brilhou na Recopa Gaúcha e voltou a ter boa atuação contra o Cruzeiro, talvez sendo o único com certo “álibi” no vexame contra o Cruzeiro no Mineirão. Pelo que já mostrou e, principalmente, pelo que ainda pode render, o camisa 47, aliás, é um cheque em branco.
No Inter, Bruno Tabata saiu do banco para marcar o gol dos 3 pontos sobre o Vitória, tirando os colorados da vexatória zona de rebaixamento. Pelo que mostrou e pelas características que tem, merece voltar aos 11.
Aliás, os melhores momentos da era Roger no Beira-Rio foram exatamente com essa configuração: um meia aberto à direita somado a Alan Patrick no centro. Quando o time atua com dois pontas mais o camisa 10, o meio-campo fica despovoado – e sabemos as consequências, né?
No Tricolor, Mano Menezes fez o mea-culpa na coletiva pós-jogo: “Talvez o treinador pudesse ter protegido mais o time”, disse, mais ou menos, já adiantando “cirurgias” para o meio de semana pela Copa Sul-Americana. Cristaldo no banco, fora dos relacionados ou até fora de Porto Alegre, né? Convenhamos. Até quando?
Dodi, Villasanti e Alex Santana ou Edenílson talvez formem a trinca de meio. Ou até mesmo um quarteto. Quem sabe três zagueiros, para acomodar Wagner Leonardo e Kannemann sem prejuízos por terem o pé esquerdo dominante. Enfim, é preciso dose de criatividade.
Mesmo que estejamos léguas de distância da “nata do futebol global”, a dupla Gre-Nal pode – e deve – inspirar-se no modelo do Chelsea. Que tal usar o “meio-campo” para garantir dias melhores e até mesmo para quebrar a banca de apostas?
É pagar pra ver…