SAUL TEIXEIRA

Na contramão do Planeta Bola, Seleção retrocede no pós-Copa

Enfrentar seleções sul-americanas é barbada! Era o que muitos diziam, em mesas de bar ou em debates acalorados em Rádios, Tv’s e Internet, após os sucessivos triunfos da Seleção sobre o comando de Tite.

Pois bem, a invencibilidade de Fernando Diniz, contra os mesmos adversários, durou míseros três jogos. Como explicar? A base é rigorosamente a mesma.

Somente contra o Uruguai, que nos “colocou na roda” e provocou gritos de “Olé” da torcida, foram quatro jogos com 100% de aproveitamento tendo Tite na casamata.

O Brasil vencia e convencia jogando em casa, em Montevidéu ou em qualquer lugar da galáxia. Com ou sem Neymar em campo. Com Richarlison e Gabriel Jesus jogando ou compondo o banco de reservas.

Dito isso, voltemos ao trabalho recém iniciado de Fernando Diniz…

Após a derrota no Centenário, o capitão Casemiro falou em mais de uma oportunidade: “Precisamos trabalhar para assimilar os conceitos do novo treinador”, disse mais ou menos assim. Cada um com a sua interpretação, a mim, parece que o grupo está, no mínimo, “desconfortável” com a nova metodologia, né?

Teoricamente, o chamado “futebol funcional” garante mais liberdade aos homens de meio e ataque, brindando a característica do futebol brasileiro. Na prática, a esmagadora maioria do elenco joga no chamado “modelo posicional”, respeitando mais suas posições de origem.

Pontas do mesmo lado, futebol aproximado e troca de passes paciente até encontrar brechas na defesa adversária. Grosso modo, o “futebol de Diniz”, pelas amostragens do Fluminense, persegue insistentemente as características acima. Contra a Venezuela não deu certo. Contra o Uruguai, mal passamos do meio-campo. Méritos também de Marcelo Bielsa, “novo” treinador da Celeste, é claro!

No Centenário, amargamos 90 minutos com dificuldades na saída de jogo. Com a lesão de Neymar aos 43 minutos, mesmo por linhas tortas, Diniz teve a oportunidade de reequilibrar o time. Doce ilusão. Promoveu o ingresso de Richarlison, dispondo o time em 4-2-4. Com isso, De La Cruz e, principalmente, Valverde, deitaram e rolaram.

Futebol se ganha é no meio-campo, ora bolas! No banco de suplentes, tínhamos opções como Raphael Veiga para a meia e André e Gérson para a cabeça da área. Certamente os atletas da dupla Fla-Flu garantiriam maio fluidez na saída de jogo. Diniz trocou os laterais. Novo erro amador de leitura. Inadmissível para um treinador de Seleção Brasileira, seja ele interino, efetivado ou vitalício.

Desta feita, somos uma das seleções mais atrasadas da atualidade, entre as chamadas “grandes”. Nem citaremos as emergentes como Venezuela e Albânia, ficaremos somente entre as campeãs do Mundo. França e Inglaterra “voando”. Espanha e Uruguai renovadas em nomes e ideias. Argentina encaixada e dispondo do talento de Messi. Estamos na “zona de rebaixamento” disputando a lanterna com a Itália. Após a troca no comando técnico, até a Alemanha mostra sinais de ressurreição.

O que começa errado, está fadado ao fracasso. Seleção brasileira com treinador interino à espera de Carlo Ancelotti. Não teria cabimento esperar nem por Guardiola. Que a CBF “tome vergonha na cara” e contrate um treinador que inicie o trabalho, entre outros, com renovação de nomes com vistas à Copa de 2026. Para ontem. Já jogamos quatro rodadas no lixo.

Será que o Flamengo aceitaria emprestar seu “novo” treinador???

Oremos aos deuses da bola…

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