política

Nadir destituído, renúncia de Clebes; ruiu a conspiração anti-Marco Alba

Nadir Rocha e Clebes Mendes, em foto de arquivo em sessão de fevereiro deste ano

Parece série Netflix, mas é outro dos Grandes Lances dos Piores Momentos da conspiração de Jones Martins, seus vereadores & tudo para tentar tornar o prefeito Marco Alba inelegível por oito anos. A pauta da Câmara de Gravataí desta terça traz a indicação de Alex Tavares para integrar a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO). É o fórum legislativo que, antes da votação em plenário, é a principal instância de análise do parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que recomenda rejeição das contas de 2017.

O que levou a indicação mostra que a chama do logotipo do MDB de Gravataí segue queimando como o Pantanal, como já tratei em detalhes pela última vez em Nadir responde sobre conspiração contra Marco Alba; do guri para o vovô de recado e nos links relacionados no artigo. A mais recente das manobras, mesmo frustrada, oferece mais evidências da trama do ‘fogo amigo’.

Na quinta, Nadir Rocha indicou Clebes Mendes (MDB) para substituir Paulinho da Farmácia (MDB), presidente que pediu renúncia da CFO e, após as repercussões negativas, se retirou da guerra interna. O novo membro, entendendo já assumir como presidente, comunicou durante a sessão a convocação de reunião para esta terça, 14h.

Na sexta, Airton Leal, que também faz parte da comissão, enviou mensagem para Clebes pedindo a realização de uma reunião para que a presidência fosse definida no voto. Como Airton vota junto com Paulo Silveira (PSB), outro membro, os dois decidiriam por um ou outro como presidente. Clebes comunicou a Airton que já tinha renunciado à participação na CFO.

Para o lugar dele, o indicado de hoje é Alex, saído das fileiras de Jones após a convenção e agora parte do ‘triplo A’ que escuda Marco Alba na bancada, ao lado de Airton e Alan. A indicação isola ainda mais Nadir, Clebes, Paulinho e Jones, já que foi feita por um novo líder da bancada, Alan. Acontece que Nadir foi destituído da liderança por ofício enviado pela presidente do MDB, Sônia Oliveira, para o presidente da Câmara Neri Facin (PSDB), com base no artigo 241 do Regimento Interno que estabelece que “(…) os partidos comunicarão, à Mesa, os nomes de seus Líderes e Vice-líderes (…)”.

Para quem não lembra, a primeira faísca do incêndio no MDB começou na escolha da liderança da bancada em janeiro. Havia um acordo, testemunhado pelo prefeito Marco Alba, para que Alan fosse o líder. Para ter voto com peso maior na convenção em que apoiavam Jones contra Luiz Zaffalon, o acordo foi descumprido por Nadir, que assumiu a liderança, com apoio de Alex, Clebes e Paulinho da Farmácia (grupo que, ao menos publicamente, parece reduzido a dupla: Nadir e Clebes).

À época, o MDB não interviu.

Trato como mais uma evidência da conspiração ‘anti-Marco’ o fato de Clebes renunciar ao perceber que não seria o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. Fica óbvio que usaria a presidência para prejudicar o – agora inimigo – prefeito.

Tudo isso acontece após Nadir primeiro ter feito o papelão de tentar ceder a vaga do MDB na CFO, o que abriria espaço para o PSD do candidato a prefeito da oposição, Dimas Costa, e, ao não conseguir, ter indicado Clebes na manobra frustrada que agora lhe rende a destituição da liderança.

Ao fim, reporto os acontecimentos e comportamentos das personagens para que o leitor saiba o que está acontecendo na Câmara, até a sessão de hoje sem acesso ao público ou transmissão online, o que vai mudar com a decisão judicial que tratei há pouco em Juíza de Gravataí acaba com sessões às escondidas na Câmara.

Sem torcida ou secação: os vereadores tem prerrogativa de votar como quiserem as contas do prefeito. Reputo grave para suas condições partidárias, e hipócrita Clebes e Nadir sinalizarem com a reprovação de ações das quais participaram – por ação ou omissão. Nenhuma delas grave, como trateinos artigos anteriores. Ao menos no que aponta o parecer, Marco Alba é o Josef K., de O Processo, de Kafka, perguntando ‘inocente de quê?’, quando não se sabe do que é culpado.

Sei que para muitos contagiados pela binária delinquência intelectual da política hoje sou ‘do MDB’ por fazer essa análise, da mesma forma que era ‘do PT’ ao criticar o golpeachment sem crime contra Rita Sanco. O faço por coerência. A César o que é de César.

 

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