A eliminação contra o Flamengo era previsível. Antes mesmo da primeira partida na Arena. O favoritismo por motivos óbvios vestia rubro-negro.
O maior problema, porém, talvez tenha sido o “respeito em excesso”. Muito pela postura de Renato aos microfones e na armação da equipe. O que a comissão técnica tem feito para amenizar a superioridade do rival???
O Grêmio colheu a sétima eliminação seguida contra os cariocas. Neste ano foram 3 jogos com escore total de 6 a 0 para o time de Gabigol e Cia. Nenhum gol gremista.
De positivo, a atuação no Maracanã foi infinitamente melhor que semanas atrás na Arena. É verdade que o adversário também jogou mais em Porto Alegre, porém a jornada gaúcha permite “sonhar” com sucesso no Brasileirão. Leia-se no mínimo uma vaga direta à Copa Libertadores 2024.
Ao contrário das últimas atuações, que culminaram em vitórias e empates com atuação fraca do ponto de vista técnico, desta vez, bom rendimento, mas derrota. Ironias do Futebol Além do Resultado! A banca paga e recebe, né?
Ferreira e Pepê elevam o patamar do time. O primeiro pelo repertório incomum: driblar virou artigo raro no outrora País da imprevisibilidade. Um jogador com esse perfil não pode sair de um jogo decisivo. Por mais oscilante que estivesse sendo o desempenho. Talvez Renato tenha errado.
Embora o time precisasse de fôlego novo no segundo tempo, Bitello também não deveria ter saído. É o homem da dinâmica, do tabelamento com Suárez, da infiltração. Pode jogar em todas as funções do meio, o que torna ainda mais “inexplicável” o fato de ter deixado o gramado aos 16 da etapa final.
Principalmente no primeiro tempo, o 4-2-3-1 contra os cariocas mostrou-se equilibrado. O retorno da dupla Villasanti e Carballo ampliou a robustez defensiva. Faltou, porém, o tão necessário elo meio-ataque.
Embora a “desculpa” por estar voltando de lesão, Franco Cristaldo novamente deixou a desejar. Talvez Pepê no futuro breve possa devolver naturalidade ao futebol do Grêmio. Com ele, podendo variar para o 4-1-4-1 para maior controle, posse e articulação.
Outra boa notícia da eliminação (?) foi a postura dos laterais. João Pedro e Reinaldo parecem talhados para atuar com linha de 4 defensiva. Firmes na marcação e corretos no apoio. Um “feijão com arroz” que pode garantir liberdade para o apoio dos extremas, volantes e meias. Neste cenário, Bitello pode até parecer como camisa 8 em determinadas partidas.
E a “seca” de Luís Suárez, hein??? Os méritos do camisa 9 são inegáveis. Mas também é inegável que o sucesso tem sido muito maior fora de campo no último período. Em marketing, torcida no estádio e quadro social.
Provavelmente não seja a intenção do Mundialista, mas as reclamações acintosas a cada erro dos companheiros é um desserviço ao grupo. Até porque o seu momento individual não é nada brilhante. Pelo contrário.
Nenhum gol fora da Arena pelo Brasileirão ou Copa do Brasil. Oito jogos de jejum. Tudo isso depois da “redução do contrato”. Antes, exigiu 24 meses de vínculo para assinar com o gigante gaúcho. Agora, “cortou a exigência pela metade” de olho no “Barcelona Master” ao lado de Messi, Busquets e Jordi Alba.
Desde a polêmica do “vai agora ou fica”, tem passado a impressão de estar fazendo um favor ao vestir as 3 cores. Qual será a motivação do uruguaio até 31/12??? Perguntar não ofende, né???
Ainda acredito que Luís Suárez tenha muito mais cara de solução do que de problema. Mas os indícios permitem, no mínimo, a desconfiança e oportunizam o debate.
Com o fim do sonho da Copa do Brasil, partiu entrar de corpo e alma no Brasileirão, embora a busca do título, hoje, em agosto, pareça improvável. A campanha do Botafogo é surreal.
O negócio é lamber as feridas, afastar a melancolia e fugir das “férias” antes da hora. Tal qual o diabo foge da cruz.
O futuro pode e deve ser bem melhor para a Nação de 3 cores pela amostragem da atuação no Maracanã. Até lá, é prudente reforçar uma obviedade:
Ninguém é maior que o Grêmio!!!
Nem Renato. Imaginem os outros meros mortais.
