SAUL TEIXEIRA

No jogo dos “verbos”, Inter volta a surpreender na Maior das Américas

Foto: Ricardo Duarte - Internacional

Planejar. O improvável triunfo do Internacional na temida altitude de La Paz tem um grande responsável. A logística montada pela direção beirou a excelência. Chegar somente no dia da partida no Hernando Siles valeu ouro, prata e bronze.

Pensar. Contra um adversário que possui 91% de aproveitamento jogando em seus domínios em 2023, Eduardo Coudet foi cirúrgico: pragmatismo disposto em 3 zagueiros. Com mecânica “espelhada” ao adversário, o colorado corrigiu a fragilidade de marcação pelos flancos e evitou cruzamentos da linha de fundo — o que quase sempre é favorável aos atacantes. Mesmo com o “sucesso parcial”, o time segue “vazando” muito na bola aérea.

Sofrer. As substituições também foram conservadoras. Até em excesso dentro da lógica do Futebol Além do Resultado. Terminou o jogo tendo um meio-campo composto por Gabriel, Bruno Henrique, Johnny e De Pena. Mas pelo contexto, compreensivo. De nossa parte, porém, sublinhamos: a vitória também passou pela obra e graça dos deuses da bola.

Comemorar. O primeiro tempo foi um filme de terror para os vermelhos, exceto pela assistência de Alan Patrick e gol de Enner Valência, é claro. Mesmo isolado, o camisa 13 resolveu a parada. Segundo gol decisivo em 3 jogos pela Maior Competição das Américas. Independente da estratégia, da mecânica e da altitude, existe algo imutável no futebol: nada decide mais jogos do que a qualidade individual.

Suportar. Quando Bustos-Vitão-Mercado-Nico-Renê sucumbiam, era hora de Sérgio Rochet sujar o uniforme. E como sujou. Gigante na hora grande. Decisivo. É aquela velha máxima: um grande time começa por um grande goleiro. Tudo indica que o Inter tenha dado o primeiro passo a respeito.

Rezar. Quando nem o arqueiro uruguaio era o suficiente, a trave também vestiu vermelho e branco. Outras tantas passaram “raspando”. Ufa! A torcida colorada, tão combalida nos últimos tempos, agora tem até fatores subjetivos a seu favor. Talvez a sorte tenha mudado de lado. Tomara!

Apoiar. Gritar. Incentivar. Para o jogo da volta, no Beira-Rio, o componente “torcida” será fundamental para o sucesso colorado. Dentro de campo, cuidados e prudências dignas de Libertadores. Entretanto, será preciso também JOGAR. Eis o desafio do chamado repertório, Professor Coudet.

Administrar. Até que a terça-feira chegue, será preciso encarar a realidade paralela chamada Brasileirão. O desempenho tem sido pífio e as atuações, idem. Enquanto houver vida na Liberta, porém, é necessário deixar os “pontos corridos” em segundo plano. Por mais arriscado que seja. Isso passa pela preservação das referências do time. Entre elas, Renê, diga-se de passagem. O mais regular desde 1° de janeiro.

Respirar. Voltando à Copa Libertadores, o colorado tem quebrado as bancas de apostas. Após remontada contra o River Plate, superou os temidos 3,6 mil metros de altitude. Neste ano, Palmeiras e Atlético-PR sofreram 3 a 1. Na história, cinco derrotas da Seleção Brasileira para a Bolívia, todas “nas alturas”.

Exemplificar. Nas eliminatórias para a Copa de 2010, por exemplo, “atropelo” de 6 a 1 dos mandantes contra os Hermanos. Argentina com Messi, Zanetti, Messi, Tévez, Mascherano, Di María e Lucho Gonzalez – atual “braço direito” de Coudet. Olhem o tamanho do feito colorado!!!

Sonhar…

Rogar…

Esperançar…

ACREDITAR!!!!

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade