Lá vem ela
Deslizando em passos ligeiros
A cabeça é só ideia e em cada dedo um projeto
Pior que funciona
É rara!
Quem não gosta não sabe dizer o porquê do não gostar
Quem gosta, ama!
Tem fãs ao invés de colegas.
É que ela achou um método. Uma fórmula: transmutou ansiedade em capacidade. Daí, vai lá e faz.
Lá vai ela.
Voa entre a papelada. Sem tela, só caneta.
Ufa, enfim sentou um pouco
E ampara os dedos a dedilhar frenética um teclado.
Não faz assim por dinheiro. Aliás esse não pagaria o tanto que dá.
As horas não bastam.
Faz mais do que era pra fazer.
Porque é preciso, não porque é pedido.
E da-lhe dedo na tecla.
Quando sai, a luz se apaga
De tudo.
Volta noutro dia, outra luz, nova vida.
Na vida, ela também é assim?
Aqui o que conta é a vida de trabalho, o Mundo do Trabalho
Lá vai ela.
Onde quer que vá arrasta o mundo
E sorri.