Clebes Mendes mostrou que é galo nas urnas.
Para o bem ou para o mal, conforme a ótica de quem observa o comportamento do vereador – que normalmente provoca no espectador aquela carinha do UaU dos emojis do Face.
Forçando um pouquinho, dá para dizer que é nosso Bolsonaro da aldeia. Insígnia a qual, quando contarem sobre a condecoração, tomará por elogio.
O ‘politicamente correto’ não é com ele.
Estourado, por mais de uma vez esteve a milímetros de ir para o fight em plenário, principalmente com os colegas de parlamento Carlito Nicolait e Juarez Souza.
Entre polêmicas, virou o machista vilão das professoras ao insultar a sindicalista Vitalina Gonçalves.
Com gosto, recita bordões ao estilo ‘bandido bom é bandido morto’, manda os comunistas pra Cuba e, nas ‘manifestações’, foi ao Parcão de camisa da Seleção, enrolado na bandeira do Brasil e com a máscara do Moro.
Não fica vermelho quando diz que é de direita.
De microfone aberto, aprovou projetos polêmicos como a criação de cargos na Prefeitura, o aumento no próprio salário e viagens de vereadores.
Gastou ele R$ 26,9 mil em diárias.
Mas, autoapelidado de ‘bairrista’ do Parque dos Anjos, nunca desligou o telefone e esteve sempre presente na sua comunidade. Na ‘unidade móvel’, toda embandeirada, ou no bote inflável com que a cada alagamento ajuda os flagelados da Amapá.
Abertas as urnas, dos 18 vereadores que concorreram à reeleição, Clebes foi um dos quatro que cresceram a votação.
Reeleito com 2.654 votos, 680 a mais que em 2012, viu outros 14 colegas perderem mais de 10 mil votos.
De seu jeito, tocando flauta nos inimigos políticos, comemorou na primeira sessão da Câmara após a eleição:
– Quando forem me matar, não errem, ou deixo deitado.
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