SAUL TEIXEIRA

Novos ventos no Grêmio: a “primavera” de Mano Menezes

A “improvável” vitória fora de casa contra o Atlético-MG por 3 a 1 tem tudo para encaminhar o fim do “inverno” para o Grêmio de Mano Menezes. Chega de frio, chuva, ventania e instabilidade.

O ingresso de novos titulares e a iminente chegada de reforços são outros indicativos de que, enfim, a “primavera” está batendo à porta da nação de três cores. Que assim seja! Balbuena como zagueiro central, Cuéllar na cabeça de área e Carlos Vinícius (apesar da expulsão) no comando ofensivo são as boas novas para a sequência da temporada.

A única maneira de espantar a má fase e afugentar o caos é com “bola na rede” e três pontos na tabela. E o objetivo foi cumprido exatamente como “defendíamos” dias atrás: ancorado no pragmatismo, ilustrado pela presença de três volantes e por dois gols após cobrança de escanteio. Eis a receita a ser repetida fora de casa contra os chamados gigantes. Pelo menos por enquanto…

No final de semana, o desafio será contra o Ceará, na Arena. Naturalmente, o time precisará ter uma outra postura, desta feita, com mais posse, ofensividade e capacidade criativa. Menos mal que Mano Menezes está contando com semanas cheias de trabalho. Aliás, o tricolor precisa aproveitar-se dessa condição, na comparação com os demais grandes da liga brasileira.

A esperança é que o lateral Marcos Rocha já possa fazer a sua estreia. A chegada do ex-Palmeiras preenche uma lacuna aberta há tempos. Embora tenha atuado mais defensivamente nas últimas temporadas, o jogador é um lateral clássico, com capacidade semelhante de apoio e defesa.

A presença do camisa 2 pode cumprir outra função importante na engrenagem: oferecer maior liberdade para que Alysson se dedique às ações ofensivas. Com Rocha ocupando o flanco, o canhoto passa a contar com uma parceria pelo setor e até pode atuar de forma mais centralizada — ajudando a suprir a ausência de um camisa 10 da “gema”.

Para o futuro breve, sobretudo nas partidas dentro de casa, acho válida a tentativa de Braithwaite um pouco mais recuado, fazendo dupla com Carlos Vinícius. Outra opção seria a presença de Riquelme entre os 11 ou até de Alysson variando entre meia e segundo atacante.

O peruano Erick Noriega também deve desembarcar em breve para amenizar a ausência de Villasanti que, ao que tudo indica, deverá “entrar” na faca. Mas o grande movimento no aeroporto promete ser o retorno de Arthur Melo. Um legítimo camisa 10 da “nova geração”, mesmo sendo centro-médio. Se conseguir retomar o bom futebol, é claro!

Muito se fala em Luan na conquista da América em 2017, e com justiça, é claro! Mas a peça principal de toda a mecânica coletiva era justamente do antigo camisa 29 — vide a falta que ele fez no Mundial, mesmo com o “Reizinho” em campo.

Depois da tempestade… Tudo indica que novos ventos começam a soprar pelas bandas da Zona Norte. Tomara que a “meteorologia da bola” siga com o mesmo prognóstico.

Sejam bem-vindos à “primavera” de Mano Menezes…

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