Printe & Arquive na Nuvem.
Se a eleição fosse hoje, e Paulo Silveira fosse o candidato, teria o apoio do PT na disputa pela Prefeitura de Gravataí.
Há alguns dias, o vereador presidente do PSB e a ex-prefeita Rita Sanco tomaram café em uma padaria do Centro. No último diretório, os petistas manifestaram simpatia pela aliança com o socialista em 2020.
– Queremos formar uma frente de esquerda. Hoje a única candidatura colocada é do Paulo Silveira. Estamos conversando – admite Mariza Zancan Godoy, presidente do PT, que informa que o partido também busca aproximação com integrantes da Frente de Lutas contra a Reforma da Previdência, que em Gravataí reúne PT, PSB, PSOL, PSTU, CUT, MTD, Cpers e Sindicato dos Professores.
O PDT de Daniel e Rosane Bordignon, que tem como candidata a prefeita Anabel ‘A Esquerdista do Ano’ Lorenzi, não participa da Frente.
– Convidamos o PDT, mas no fim não se incorporaram – explica Marisa que, mãe de Ana Luiza, também militante política do PSB, é sogra de Paulo Silveira.
Já para uma aliança eleitoral, as chances são ainda menores: Anabel votou a favor do golpeachment contra Rita, em 2011, e o impasse foi explícito pela prefeita cassada em Não há como apagar golpe de 2011, diz Rita sobre Anabel; ’eu sei o que fizeste no verão passado’ afasta canhotos; e Paulo Silveira se afastou de Bordignon, cuja casa já frequentava assiduamente, após Anabel trocar o PSB pelo PDT e ser anunciada candidata à Prefeitura em 2020, o que tratei nos artigos Como Stédile pode ter perdido a Prefeitura de Gravataí, ’Bordignon nos traiu’; a polêmica saída de Anabel, O grande lance de Bordignon para atrair Anabel, Por que Anabel chorou, Um encontro de 70 mil votos; ainda os tem? e Passado é passado, olho para frente, diz Anabel; leia que você saberá o futuro dela.
– A aproximação do PDT com um deputado de partido bolsonarista também dificulta a conversa – observa a presidente do PT, sobre o que revelei no artigo O dia em que ’A Esquerdista do Ano’ encontrou o bolsonarismo.
O vereador não atendeu ao celular para confirmar a candidatura (o que já fez recentemente ao Seguinte: no artigo Não sirvo para poste ou laranja, diz Paulo Silveira; o presidente do PSB e a saída de Anabel) e avaliar as perdas e danos do apoio do PT.
Ao fim, são comoventes os esforços do PT para sobreviver em Gravataí no ‘pós-Bordignon’, que registra dois ‘golpes das urnas’: em 2016, quando depois de duas décadas o partido restou sem bancada na Câmara e, em 2017, ao amargar menos votos que o PSol.
É da política que quase ninguém lembre o quanto correu o soldado que foi anunciar a derrota. Mas alguém precisa cumprir a missão.