O Brasil quer demonstrar poderio militar dentro e fora dos estádios. Enquanto cerca de 23 mil soldados patrulharão as ruas do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos, 129 militares atletas, quase um terço da delegação brasileira, se preparam para subir ao pódio.
Entre os esportistas há jovens que se alistaram nas Forças Armadas não por vocação patriótica, mas porque não tinham como arcar com os gastos necessários para competir entre a elite. Há cinco anos, a hoje sargento Tang Sing, lutadora de taekwondo, quarta no ranking mundial da modalidade, treinava na sacada de sua casa, em um bairro humilde do Rio de Janeiro e fazia campanhas para arrecadar dinheiro para contar com coisas tão básicas para um esportista como um nutricionista. Sua mãe lhe dizia que não chegaria a lugar algum desse jeito se estivesse determinada a competir, e Tang Sing decidiu alistar-se. “Graças ao Exército pude realizar meu sonho de participar dos Jogos Olímpicos. Antes não tinha nenhum apoio e estava a ponto de abandonar o esporte. Com meu soldo como militar [cerca de 3.000 reais], consegui pagar um nutricionista, fiz viagens internacionais para competir, arco com meus suplementos energéticos… Tudo isso é muito caro e eu sempre passei dificuldades econômicas”, conta a sargento, treinada com os golpes de três lutadoras turcas pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
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