RAFAEL MARTINELLI

O fim da ‘fofoca interminável’: Dimas se despede do governo Leite para ser candidato à Prefeitura de Gravataí; A palavra cumprida

Dimas se despediu de Danrlei e do diretor Fabiano Souza, no CETE, onde hoje funciona a secretaria

A ‘fofoca interminável’ sobre uma aliança entre o prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) e o secretário-adjunto do Esporte do Estado, Dimas Costa (PSD), só depende da publicação no Diário Oficial para chegar ao fim. Feliz ou infeliz, sem estarem juntos na eleição de 2024.

Dimas se despediu neste sábado do secretário Danrlei de Deus (PSD) e de colegas de governo Eduardo Leite. Ele já formalizou o pedido de exoneração para respeitar o prazo de desincompatibilização determinado pela lei eleitoral e poder concorrer à Prefeitura de Gravataí.

“Meu agradecimento ao governador Eduardo Leite, que não mede esforços para transformar a vida das pessoas e construir uma sociedade mais inclusiva, justa e feliz. Devido à legislação eleitoral, me descompatibilizo e encerro minha jornada no governo do Estado, grato por toda a experiência e aprendizado”, escreveu o segundo colocado na eleição de 2020 com 35.623 votos, em postagem nas suas redes sociais, na qual faz um balanço e comunica a saída do cargo que ocupou por um ano e quatro meses. Clique aqui para acessar o post.

Em 29 de abril, em Por que Leite retirar aumento do ICMS termina com a ‘fofoca interminável’ de Dimas apoiar Zaffa; O risco I-Juca-Pirama, escrevi, reafirmado o que já vinha reportando em uma série de artigos anteriores:

(…) Para Dimas, hoje adjunto, assumir como secretário de Esportes, seu chefe político Danrlei de Deus (PSD) teria que deixar a secretaria e reassumir o mandato como deputado federal.

E, como Dimas é primeiro suplente, para assumir cadeira na Assembleia, o deputado estadual Gaúcho da Geral (PSD) teria que se tornar secretário de Esportes, também na vaga de Danrlei.

Como já reportei em uma série de artigos, sem nenhum desmentido, a sinalização do governador para um projeto estadual era a condicionante de Dimas para renunciar à pré-candidatura à Prefeitura e apoiar a reeleição do prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) – naquele que, até o momento, seria o maior movimento político para as eleições 2024 e unificaria um palanque de Leite na aldeia (…).

Segunda, após Zaffa e Dimas participarem juntos do anúncio da instalação do primeiro posto de coleta de sangue de Gravataí, a partir de emenda parlamentar de R$ 1 milhão destinada por Danrlei para a Santa Casa, em Hospital de Gravataí vai começar obra do posto de coleta de sangue. E a ‘fofoca interminável’ Zaffa-Dimas, 6 meses depois, escrevi:

(…) Mesmo isolado, Dimas reafirma que é candidato a prefeito, mesmo um novo cenário tenha emergido do imponderável de uma catástrofe, em relação ao ‘fim da fofoca’, que decretei quando já chovia forte em 29 de abril, em Por que Leite retirar aumento do ICMS termina com a ‘fofoca interminável’ de Dimas apoiar Zaffa; O risco I-Juca-Pirama.

Certeza só se terá no período das convenções partidárias entre julho e agosto. Mas fato é que a fofoca restará mais uma vez ‘terminável’ caso o secretário-adjunto se desincompatibilize do cargo no governo Leite até dia 4, prazo determinado pela lei eleitoral (…)

Ao fim, mesmo com a possível desculpa política da catástrofe, Dimas não se inspirou em verdades múltiplas de Leite, e cumpriu a palavra, de que só não concorreria caso fosse deputado. Mesmo, pela demora, arriscando restar em I-Juca-Pirama, poema de Gonçalves Dias, “rejeitado da Morte da guerra e dos Homens na paz”.

Agora não se trata mais de ‘fofoca interminável’: é fato que só falta a portaria da exoneração publicada no Diário Oficial para Dimas passar o recibo de que é candidato a prefeito e, em seu tempo, já que apoia o adiamento das eleições, começar a pré-campanha, que sempre disse não iniciaria enquanto estivesse ocupando o cargo no governo estadual.

Numa rápida análise política, reputo a candidatura é boa para Marco Alba (MDB), ruim para Zaffa e péssima para Daniel Bordignon (PT). Por que? Parece-me obvio: Zaffa não reforça a campanha pela reeleição e Bordignon, que corria sozinho, ganha em Dimas, ex-PT e notório lulista, um concorrente no campo político de centro-esquerda.

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