25 anos da morte de Senna

O gravataiense que conheceu Ayrton Senna

Brasileiro Ayrton Senna da Silva, ídolo brasileiro como piloto de Fórmula 1, morreu num 1º de maio, há 25 anos, fazendo o que mais gostava: disputando um grande prêmio de velocidade

Quem, com seus trinta e poucos anos, ou mais, não recorda do Tema da Vitória que ecoava nos aparelhos de tevê, ainda de tubos e valvulados, pelos mais recônditos rincões do Brasil?

Quem nunca levou o televisor para a rua, para poder assar o churrasco dominical assistindo ele serpentear em alta velocidade por entre sucessivas curvas, desde a largada com as luzes verdes até a vitória marcada pela bandeira quadriculada na linha de chegada?

Quem nunca se emocionou – e muitos, até, em pé e com a mão no lado esquerdo do peito – com o som do Hino Nacional Brasileiro enquanto nossa bandeira subia ao ponto mais alto do pódio?

Quem não assistiu, centenas ou milhares de vezes, o que aconteceu naquele 1º de maio de 1994 quando o Williams/Renault não fez a curva Tamburello e se chocou violentamente contra a proteção de pneus no circuito de Ímola, na Itália?

Quem, como o jornalista que escreve este reportagem, não assistiu à chegada do avião que trouxe o caixão lacrado com o corpo do ídolo de volta à sua terra natal, para uma sofrida despedida em um périplo de três dias que comoveu quase a Nação inteira?

Quem? Quem? Quem…

Mesmo entre os que são da geração com menos de 30 anos é possível encontrar, nos dias de hoje, muitos que conheceram, ouviram falar, assistiram vídeos de alguns ou muitos de seus feitos e suas conquistas, e que o têm como ídolo mesmo sem nunca terem acordado mais cedo, em um domingo, para vê-lo empunhando a bandeira do Brasil na volta da vitória.

Ayrton Senna da Silva!

Este é o nome de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, piloto de carros de Fórmula 1, que morreu em um trágico acidente há exatos 25 anos, em um domingo, fazendo o que mais gostava: guiar um bólido em alta velocidade.

 

Tema da Vitória

 

Para ouvir, clique na imagem abaixo:

 

Quem foi Senna

 

1

Ayrton Senna da Silva nasceu em 21 de março de 1960 e morreu em 1º de maio de 1994, aos 34 anos. Era natural de São Paulo, capital, mesma megalópole em que foi sepultado, em um dos maiores cemitérios da América Latina, do Morumbi.

 

2

Iniciou sua carreira esportiva como piloto de kart em 1973. Em 1981 começou a correr em carros e de cara conquistou os campeonatos da Fórmula Ford, categorias 1600 e 2000.  E em 1983 já era o campeão da Fórmula 3 britânica, título que o catapultou à Fórmula 1.

 

3

Sua primeira corrida na Fórmula 1, ou F-1, foi em um Grande Prêmio do Brasil – em 25 de março de 1984 em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro – pela equipe Toleman-Hart. Nesta primeira temporada pontuou em cinco provas, fechando o ano com 13 pontos, na nona posição no ranking.

 

4

Em 1985 trocou a Toleman pela Lotus-Renault, equipe que defendeu ao longo de três temporadas e venceu seis grandes prêmios, ou GPs.

 

5

Em 1988 mudou-se para a McLaren-Honda onde já estava o francês Alain Prost, que viria a ser um de seus grandes rivais nas pistas nos boxes – mais ainda a portas fechadas dentro dos trailers da equipe – nos circuitos por onde passaram.

 

6

Os dois venceram 15 das 16 corridas da temporada de 1988, com Ayrton Senna ganhando o mundial pela primeira vez. Prost ficou em segundo e venceu o campeonato em 1989, mas Senna recuperou o caneco no ano seguinte, em 1990.

 

7

Em 1991 o brasileiro ganhou seu terceiro título mundial de Fórmula 1. Com isso, Ayrton Senna passou a ser o piloto mais jovem da categoria ao vencer por três temporadas seguidas o mundial de F-1.

 

8

 

A partir de 1992 a equipe Williams-Renault passou a dominar o circo. Mesmo assim Senna ficou entre os primeiros e terminou a temporada de 1993 em como vice-campeão, depois de vencer cinco corridas. Em 1994 mudou-se para a Williams.

 

 

PARA SABER

 

: O brasileiro Ayrton Senna disputou, como piloto, um total de 229 corridas – exceto as de kart – conseguindo 90 vitórias, 139 pódios, 97 pole positions e 66 voltas mais rápidas.

: Na Fórmula 1 foram 161 GPs disputados (no 162º aconteceu o acidente fatal), com 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions e 19 voltas mais rápidas.

: Já no Grande Prêmio do Brasil de F-1 alcançou seis poles e quatro pódios, com duas vitórias, em 1991 e 1993, um segundo lugar em 1986 e por fim, um terceiro lugar em 1990.

: Sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de pole positions que deteve, sendo apelidado de o "rei das pole-positions".

: Na chuva, demonstrava grande capacidade e perícia, como mostou no GM de Mônaco de 1984, em Portugal no ano seguinte e da Europa (na Inglaterra) em 1993.

: Senna, até o fim de sua carreira, deteve o recorde de maior número de vitórias no conceituado Grande Prêmio de Mônaco (na pista de Montecarlo, no pequeníssimo Principado de Mônaco, ao sul da França).

: Foram seis ao todo – sendo que em 1992 ganhou troféupor ter conquistado a sua quinta vitória em Mônaco.

 

Os apelidos

 

Beco – da infância
O Chefe – Já no kart

O Rei de Mônaco – pelas sucessivas vitórias no circuito de Montecarlo

Magic Senna – Pela audácia e ousadias nas pistas

Rei da Chuva – razões óbvias

Silvastone – Foi no circuito de Silverstone (Inglaterra) que Senna disputou o maior número de provas da Fórmula 3 britânica. Foram seis vitórias em oito corridas.

 

Os namoros

 

Na vida afetiva, Ayrton Senna – sempre muito focado em sua carreira – teve somente cinco namoros sérios: Lílian de Vasconcellos Souza (com quem foi oficialmente casado), Adriane Yamin, Xuxa Meneghel, Cristine Ferraciu e Adriane Galisteu.

 

Em Gravataí

 

O Seguinte: foi à Rua Airton Senna (assim mesmo, com a grafia do primeiro nome escrita de forma errada segundo o Google Maps!), aqui na aldeia dos anjos, onde encontrou o aposentado João Domiciano Alves.

O ex-motorista de entregas nascido em Laguna, na vizinha Santa Catarina, casado, pai de cinco filhos e avô de 14 netos, garante que cruzou com o próprio piloto brasileiro, algumas vezes, em aeroportos paulistas.

De quebra, diz que conheceu familiares de Senna, especialmente a irmã Viviane que já cuidava dos negócios do piloto e dava os primeiros passos em uma fundação que, mais tarde, viria a ser o Instituto Ayrton Senna.

João Domiciano admite que não chegou a ser um fã incondicional das corridas de Fórmula 1, mas assegura que admirava Senna por seu arrojo em pista, por suas vitórias e seu exemplo como brasileiro.

— Ele era um esportista de verdade, uma pessoa de bom caráter e que deveria servir de exemplo para as gerações que vieram depois dele. Senna nunca se dava por satisfeito. Mesmo quando ganhava uma corrida ele achava que poderia ter feito melhor — disse o aposentado.

 

O alemão

 

Na mesma rua Airton Senna mora o forjador Marcos Roldão Brum que tem – justamente! – 25 anos. Casado e pai de três filhos, vai completar 26 anos no próximo dia 21 deste mês.

Marcos, obviamente, não assistiu às corridas de Senna ao vivo pela televisão. Mas diz que viu vídeos de algumas provas vencidas pelo piloto e que o considera um grande ídolo do esporte, não só para os brasileiros.

— Foi um grande piloto que deixou um legado exemplar — afirma.

Roldão, entretanto, confessa que foi muito mais fã do alemão Michael Schumacher, sete vezes campeão mundial e recluso desde o acidente que sofreu em uma pista de esqui nos Alpes Franceses em 29 de dezembro de 2013, há quase seis anos.

Era um tempo em que o forjador podia assistir às corridas, o que não acontece há seis anos, desde quando começou a trabalhar no turno da noite na forjaria da Dana, no Distrito Industrial de Gravataí.

— Hoje eu vejo muito pouco (corridas de F-1) por causa do meu trabalho. Quando dá, coincide com alguma folga, eu até assisto, mas não sou mais um fã incondicional – admite.

Do brasileiro Ayrton Senna, o morador – há cerca de três meses apenas – da rua que leva o nome do piloto diz ter visto, e vibrado, as disputas com o francês Alain Prost. E que também gostou de outro piloto Nigel Mansell, do Reino Unido, campeão de F-1 em 1992.

 

Confira a reportagem do Seguinte: na rua Ayrton Senna, que fica no bairro Santa Cruz.

 

Veja fotos

 

: João Domiciano chegou a encontrar com Ayrton Senna em São Paulo

 

: A rua com o nome do piloto brasileiro tem somente cerca de 200 metros

 

: Placa na esquina identifica a rua que homenageia o ídolo do automobilismo

 

: Ayrton Senna, aos três anos, já manifestava sua preferência por carros

 

: O piloto brasileiro, em 1981, no seu início na Fórmula Ford

 

Mais de Senna:

 

 

 

 

 

 

Imagens do acidente:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade