MOISÉS MENDES

O Grêmio com a alma de Alcindo não existe mais

Esse Grêmio de hegemonia supremacista, que ergue estátua para admirador de fascistas, não me emociona mais há muito tempo.

E agora mandam embora Roger Machado, que era mais do que um técnico, era uma ideia de reabilitação de um clube que foi sendo tomado pelo branqueamento. Não em campo, mas por dentro, no seu íntimo como instituição que representa e expressa algum sentimento e pelo menos alguns valores.

Poderiam desistir de Roger e tentar outro nome menos acintoso. Trazem a estátua de volta.

O Grêmio é definitivamente o clube dos brancos sem noção. Chegou. Estou fora.

O racismo ajudou a derrubar Roger, ou foi quem sabe a maior força acionada pelos que sabotaram o seu trabalho, incluindo a tal crônica esportiva mais do que reacionária, uma crônica tomada por bolsonaristas.

Uma certa esquerda de resultados acabou reforçando os ataques dessa gente a Roger, que tem uma inteligência acima da média e incomoda pelo que pensa.

Pobre do cidadão que tem o futebol acima da sua cidadania e das ideias que defende.

O Bugre Alcindo, onde estiver, deve estar me entendendo. O Grêmio com a alma de Alcindo não existe mais.

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