Existe ligação entre Apego e Saúde Mental? Siga o artigo de Mara Pacheco, personal organizer de Gravataí
É muito comum a característica de apego nas pessoas, afinal os objetos fazem parte da nossa vida desde o nascimento. Ainda crianças temos nossos objetos preferidos, um pano, um cobertor, um brinquedo entre outros. Pela psicanálise, os mesmos são denominados de objetos de transição. Esse termo foi usado pela primeira vez em 1953, pelo pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott, segundo seus estudos, esses itens costumam transmitir sensação de aconchego e segurança.
Quando adultos estudiosos e analistas da psique humana adotaram o termo "apego emocional" referindo-se ao valor afetivo dirigido aos pertences pessoais. É como se cada item nos lembrasse alguma história importante, um momento ou etapa da nossa vida. De modo geral o apego é uma necessidade de preencher um vazio, uma lacuna à ausência de algo ou de alguém, também pode estar ligado a baixa auto estima. O problema maior que convido para refletir é que o apego traz uma falta de liberdade, tornando difícil mudar ou experimentar coisas novas.
Nesta perspectiva, ter um lugar reservado onde vivemos para armazenar algumas memórias é muito saudável, assim podemos ter uma gaveta, uma mala, uma caixa, um verdadeiro baú do tesouro particular.
Por outro lado, o problema começa quando, ao longo da vida, possivelmente, percebemos que não temos espaço “para mais nada". É quando o armário está lotado de roupas, mas, mesmo assim, é perceptível, que usamos sempre as mesmas opções. Ou quando sua casa está sempre desorganizada, lotada de objetos, mas você não os usa, e, mesmo diante deste fato, não parece ser uma boa opção se livrar deles. Todas as coisas carregam valor afetivo sim.
É uma parte importante de sì próprio, não apenas uma memória. Uma vez que é um pedaço seu, entregá-lo, dando-o para outra pessoa poderia significar dar parte importante da sua vida para outro viver. Praticar o desapego é importante e com a pandemia fomos forçados a viver em 'Stay Home', gerando em todos um turbilhão de sentimentos e incertezas.
O primeiro passo é admitir para si mesmo que tem um problema de apego emocional e não há nada de errado em ter apego. Está tudo bem. O que muita gente não sabe é que muitas outras pessoas já lidaram ou lidam com isso diariamente. É algo comum ao ser humano, principalmente em uma sociedade que estimula o consumo, agregando valor e não preço as coisas, porém precisamos estar atentos pois pode vir sim a tornar-se um problema de saúde para si e desconforto para as pessoas que convivem conosco.
Mais do que fazer lindas dobras em belos arco – iris de cores, lidamos com afeto, sentimentos, enfim com a Saúde Mental das pessoas, e em casos de acumuladores compulsivos a ajuda de um psicólogo se faz imprescindível. Geralmente o apego tem um motivo e não basta entender o porquê é preciso ir além e elaborar e ressignificar com a ajuda de um profissional (que pode ajudar a superar).
Como um profissional em organização pode ajudar?
Um Personal Organizer avalia a pessoa, a rotina, o ambiente e tenta identificar os principais problemas. Com foco em objetivos como bem estar, visualização, otimização de tempo e espaço aplica, de forma técnica e PERSONALIZADA, soluções que auxiliam no desapego, tornando o processo menos dolorido e traumático.
Uma das fases cruciais para a eficiência de qualquer organização é a triagem, quando são selecionados os objetos para descarte, reuso ou permanência. A adequação para a solução de cada item é pensada, com suporte especializado e manutenção apropriada, para garantir o melhor destino, sempre no ritmo e no tempo do cliente, com acolhimento e cuidado simultâneos. Afinal, cuidar da saúde também passa por viver em um local saudável, de fácil circulação, onde reine a harmonia entre todos os habitantes.
O lar deve acolher não desagregar!