crise do coronavírus

O ’lockdown’ nas contas de Cachoeirinha; socorro ainda não veio

Comércio de Cachoeirinha está aberto desde o dia 4, com restrições

O ‘contágio econômico’ da crise do coronavírus já produz um rombo de R$ 5 milhões por mês nas contas da Prefeitura de Cachoeirinha. O socorro do governo federal ainda não veio. O presidente Jair Bolsonaro não sancionou o projeto, já aprovado pelo Congresso Nacional, que prevê para o município R$ 15 milhões em quatro parcelas para repor parte das receitas perdidas.

Em IPTU, ISS e ITBI, cerca de 8 a cada 10 reais deixaram de ser arrecadados desde fevereiro. Essas receitas próprias correspondem a 25% da receita total de Cachoeirinha, que é de R$ 350 milhões.

A necessidade do fechamento de atividades comerciais com o distanciamento social também contagiou o retorno do ICMS. Para feitos de comparação, a arrecadação em abril de 2020 foi de R$ 3 milhões, menos da metade do valor de abril de 2019, que foi de cerca de R$ 7 milhões.

– A questão econômica nos preocupa muito, pois se a economia não gira dentro da cidade, consequentemente, o município não arrecada. Mas, com a liberação do comércio amparada pela baixa curva de contágio e pela disponibilização de leitos no Hospital de Campanha, estamos evoluindo para a volta do consumo em Cachoeirinha – analisa o prefeito Miki Breier.

Conforme o secretário da Fazenda, Nilo Moraes, até o momento não houve repasses diferenciados por parte do governo federal para socorrer o município.

– Cachoeirinha segue recebendo os repasses habituais, tais como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Não faltarão napoleões de hospício, coveiros da ciência, carreaters, desinformados ou informados do mal a culpar o prefeito e o governador pela quebradeira geral.

Como se a pandemia não restasse como uma realidade mundial, com o vírus como causador do ‘II Grande Lockdown da Economia Global’, cujas projeções são de uma retração de 3% no mundo (no Brasil, de até 9% de queda no PIB), cenário pior que a crise de 29, a ‘Grande Depressão’.

Se ‘CNPJ’ morrem, o que é uma lástima, é porque ‘CPFs’ precisaram ser salvos.

Nem o presidente tem culpa pela crise econômica. Fosse ele um estadista, não precisaria estar fazendo de tudo para responsabilizar governadores e prefeitos por ‘matar CNPJs’ ao ‘salvar CPFs’.

Seu mórbido legado é sim por um discurso negacionista que, com a força das palavras, ao incentivar o fim do distanciamento social ajuda mais a matar do que a salvar vidas.

Ao fim, torçamos que a lógica da escolha pelo general Eduardo Pazuello para o Ministério da Saúde não tenha relação com militares serem treinados para matar.

 

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