game of thrones gravataí

O Marco de Oz (ou a inauguração da USF da Cohab C em 9 impressões)

Prefeito entrega chave da nova unidade de saúde da família para coordenadora

Ao inaugurar a nova unidade de saúde da família da Cohab C, o prefeito Marco Alba (PMDB) disse que as obras e serviços começam a aparecer em Gravataí porque houve planejamento e uma gestão responsável para enfrentar a crise.

– Não é porque sou o mágico de Oz – falou, pouco antes de entregar as chaves do posto modelo à coordenadora Ingrid Tólios.

Rapidamente, em 9 tópicos, algumas impressões do Seguinte: sobre o que aconteceu lá, testemunhado por mais de uma centena de CCs, funcionários da saúde, gente da comunidade e crianças que aproveitavam os brinquedos montados para a cerimônia na ensolarada manhã de sábado.

Foi na Cohab da Aldeia dos Anjos, ao som do Hino de Gravataí, tocado pela Banda Municipal, e não na Cidade nas Esmeraldas da Terra de Oz, ao som de Somewhere Over the Rainbow:

 

 

1.

Se na inauguração da duplicação da avenida Jorge Amado, mesmo sem citar o nome do adversário, Marco claramente atacou Daniel Bordignon (PDT) e os governos do PT, e poupou Anabel Lorenzi (PSB) e Levi Melo (PSD), no sábado ele falou pouco em política.

Subiu o tom um pouquinho ao elogiar o nível de excelência da nova USF, que pode atender até 300 pessoas por dia, e recebeu um investimento de R$ 1 milhão da Prefeitura e do Ministério da Saúde, num espaço de 600 m², distribuídos em sete consultórios médicos e de enfermagem, dois consultórios odontológicos, sala de inalação, triagem, vacinas, curativos e observação.

– Seria mais fácil alugar o prédio de um amigo, não? Sabiam que a Prefeitura gasta R$ 360 mil por mês em aluguéis? Chegamos e estava assim.

– O que dizer daquele posto da 72? Alguém alugaria um prédio naquelas condições?

– Gastar mal, maquiar e não ter controle sobre o orçamento tem o mesmo efeito que roubar, é a mesma sangria da corrupção, porque o dinheiro não vai para as coisas básicas.

 

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2.

Não resta dúvida de que o slogan da vitória de 2012 será a inspiração da campanha pela reeleição.

“Um governo que cuida das pessoas”, repetem sempre o prefeito e os seus.

– Uma família em dificuldade cuida primeiramente da comida, da água, da luz e da roupa das crianças – disse, listando investimento de R$ 370 milhões para as áreas da saúde, educação e assistência social.

– O jardim, o carro novo, a gente pensa depois – disse, numa das metáforas que também tem sido regra em seus discursos.

– Antes as pessoas, depois os buracos.

 

3.

O orgulho de Marco com a entrega da obra ficou claro ao levar para o palanque, além da sempre presente esposa Patrícia, Vitor e Lorenzo, os mais novos de seus cinco filhos.

Com a voz embargada e lágrimas nos olhos, leu pensamento que o fazia recordar sua mãe Sueli, falecida em 2013.

– Logo que o sol despontar no horizonte, saúda-o com um pensamento de louvor ao Criador, levantando-se também e iniciando o seu trabalho. Mantenha firme em sua mente o desejo de ajudar a todos e de cumprir com perfeição todas as suas obrigações. E, assim, poderá deitar-se ao final do dia com a consciência feliz por haver cumprido o seu dever.

 

 

4.

Bom de discurso, o deputado federal Jones Martins (PMDB) tem animado a torcida. E parece ter sido escalado para mandar os recados políticos, preservando o prefeito de questionamentos sobre o uso de agendas públicas para fazer campanha eleitoral.

– Nosso governo cuida primeiro das pessoas, e não do empreiteiro, do empresário de ônibus, da pintura do cordão da calçada ou da praça.

– De que adianta uma casa caindo, podre por dentro, mas com um belo jardim. Gente com saúde é que faz uma cidade verdadeiramente mais bonita e mais feliz – disse, numa óbvia referência a antigos slogans de Bordignon e dos governos do PT.

 

5.

Jones novamente foi só elogios a Marco, mostrando uma reaproximação entre os dois, depois da crise – de bastidores – deflagrada com a saída de Jones da Secretaria da Saúde, em 2014.

– Já no dia 1º de janeiro de 2013, após tomar posse, o Marco nos chamou e abriu um mapa de Gravataí no gabinete. Esse posto da Cohab C estava entre as prioridades. Também estavam lá o Centro Obstétrico, a reforma completa da USF Morungava, a entrega das do Parque dos Eucaliptos e Morada do Vale II, as Upas, que estamos fazendo e outras obras que estão começando.

– Talvez muitos de nós tenhamos em algum momento duvidado. Mas as coisas estão acontecendo. E do jeito que o prefeito pediu lá em 2013, sem a gastança irresponsável de outros governos que quase inviabilizaram Gravataí, e sem prometer o que não se pode fazer.

 

 

6.

– O prefeito devolveu Gravataí às pessoas, quando muitos se achavam donos da cidade – disse o padre Lucas Mendes, vice-reitor do seminário São José, de Gravataí, antes de abençoar a nova USF, ao lado do padre Fabiano Santos, da Nossa Senhora das Graças.

Os políticos – e até o Paulinho Showza sob a roupa do Quentuxo, o mascote da Campanha do Agasalho – ficaram de boca aberta.

Às vezes não se vê coisa assim nem na tribuna da Câmara de Vereadores.

 

 

7.

13, dos 14 vereadores da base do governo, participaram da cerimônia. Apenas Márcio Souza (PV) não foi. Mesmo tendo naquela região um de seus principais redutos eleitorais, ele costuma dizer que tem por regra só aparecer em inaugurações de obras às quais teve alguma participação mais efetiva.

 

8.

Até um vereador da oposição estava lá. Carlos Fonseca, do PSB de Anabel Lorenzi.

 

 

9.

O secretário da saúde Laone Pinedo pediu para o DJ rodar a música A Estrada, da banda Cidade Negra, para ilustra o momento.

É aquela, "você sabe o quanto eu caminhei / pra chegar até aqui".

 

 

:

 

Ok, mas e o que tem a ver o título da matéria, Marco de Oz, com tudo isso?

É que Marco Alba, nos movimentos políticos que faz este ano, tem sido sim um pouco Mágico de Oz.

Nos livros, o Mágico, ao tentar levar a pequena Dorothy Gale e seu cãozinho Totó de volta para casa, acaba ajudando o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde a realizarem seus desejos.
Que eram cérebro, coração e coragem.

Quem viu a gente do governo deprimida até o ano passado e vê hoje, não tem como não pensar nas mágicas que umas boas obras fazem.

Ah, e o Mágico, que começa como a grande esperança, depois é visto como vilão, até voltar a ser o mocinho.

Se isso vai acontecer, não será L. Frank Baum quem vai dizer.

São as urnas.

Ou a história.

 

O treiler de The Wizard of Oz.

 

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