Guardar a memória da ocupação de uma região é fundamental para mantermos a história cultural, étnicas etc… Imaginemos então mantermos a memória de um rio. Sim, esta é a proposta que estamos lançando, o Museu do Rio Gravataí.
Na semana passada, levantamos algumas agressões sofridas pelo rio na década de 1940 e 1960, porém isto acontece todo o dia, inclusive com a descarga de resíduos lançados diariamente em seu leito.
Para que possamos viabilizar o Museu do Rio, vai ser fundamental a busca de parcerias, pois este projeto somente será viabilizado se houver o comprometimento das pessoas e das instituições dos 8 municípios que se beneficiam deste rio.
Por ser um museu de rio, acredito que deva estar situado às margens do rio Gravatai, permitindo com que a memória esteja ao lado do homenageado. Assim, este terreno deve ser o suficiente para que possamos implantar as condições de recuperar um pouco da importância da água no desenvolvimento de nossa região.
Com um transporte de 290 viagens em 1909, onde transportou 7.989.600 Kg de farinha de mandioca produzido em nossas atafonas, exemplifica o quanto foi importante seu papel. Com certeza o escoamento da produção primaria influenciou positivamente em um período que os meios de transporte eram baseados no uso dos rios.
Não somente, farinha de mandioca, mas pares de cepas para tamanco, milho, barris de cachaça, polvilho e melado foram alguns dos produtos que escoavam pela via fluvial. As embarcações apresentavam os mais variados nomes, Alda, Esmeralda, N.Estrela, Carina, Cometa, S. Adão, Vencedora, Rio Branco, São José, Anapio e Gravatahy eram os responsáveis pelo transporte fluvial.
Um museu com certeza vai ajudar a organizar o papel da água na ocupação de nossas cidades do Vale do Gravataí, recuperando assim as transformações que ocorreram nos últimos anos. Lembrando a história do poço do moringue que juntamente com o do forno contribuiu para o abastecimento público da Aldeia dos Anjos. Queremos desta maneira recuperar não somente a história da calha do rio, mas todo o uso e ocupação das comunidades que se organizaram ao longo dos arroios que fazem parte da Bacia hidrográfica do Gravataí.
Nossa dependência do uso da água deve ser cristalizada, permitindo assim que tenhamos não somente um olhar para o passado, mas que possamos ter um espaço para projetar o futuro. Lancemos assim uma meta de construir o Museu do Rio Gravataí nos próximos dois anos, que entendemos ser um período viável de ser executado.
Construindo no Coletivo





