Se apraz cidadão da insônia e das horas matadas
De pessoa ou bicho pode ter do amor o espectro
Como um selo
Um logotipo
Quem amanhã virá vê-lo?
Seu companheiro de banda
Sua namorada de cursinho
Seu amigo
Por quem tinha tanto zelo
Penera a saudade sozinho
Em pêndulos
Em pânico
Na costura da emenda
O sofrimento de perto é ofício
De paredes de si
Soma teus receios na ceia
Morfeus te galanteia
Doce mente luminosa
Tua alegria era nossa
Então tua tristeza
É nossa
Teus filhos flanam
Pra não gastar o teu começo
De biografia
Entre um aperto de mão
E um arremesso.
Do mundo não espere alforria.