20 anos depois

O peso da fábrica da GM para Gravataí

Secretário municipal da Fazenda, Davi Keller Severgnini, diz que é impossível pensar Gravataí sem o complexo da GM

Duas décadas depois, o Seguinte: recorda a escolha de Gravataí pela GM e seus efeitos. No artigo de hoje, o peso do complexo na economia do município.

 

— Não dá para imaginar como seria o município de Gravataí, hoje, sem a fábrica da General Motors.

 

A frase é empregada pelo secretário municipal da Fazenda de Gravataí, Davi Keller Severgnini, para definir o peso – ou a importância – que o Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (CIAG), capitaneado pela norte-americana GM, tem para com a economia do município.

No início, quando foi anunciada a decisão de que seria instalada em Gravataí, em 17 de março de 1997 – há 20 anos, portanto – todo mundo sabia que se tratava de um grande investimento, que mudaria o perfil sócio-econômico do município. Mas não imaginavam que seria uma mudança tão significativa.

A empresa começou a produzir seu modelo popular Celta (oficialmente lançado em novembro) no ano 2000. Estava isenta de imposto, principalmente da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo período de 15 anos. Mesmo assim, o Valor Adicionado gerado passou a contar para efeito do tamanho da fatia a que Gravataí tinha direito no bolo do ICMS arrecadado pelo estado.

Foi aí que a vida começou a mudar.

De acordo com o secretário Severgnini, entre os anos de 2003 e 2013 o município registrou um crescimento médio de 14% ao ano em sua receita nominal, resultado do crescente impulso do retorno do ICMS com base no valor adicionado gerado pela montadora e suas sistemistas.

 

Crescimento real

 

— Num período de inflação controlada, estes índices significam um crescimento real entre 8 e 9% ao ano, em média, o que é muito bom — decretou o secretário da Fazenda.

Davi Severgnini não esconde de ninguém que a General Motors é, atualmente, a maior arrecadadora de ICMS de Gravataí. Em torno de 50%, talvez um pouco mais, do que é gerado no município tenha origem nos 363 hectares onde está o complexo, entre a Free Way e a RS-030.

São cerca de R$ 100 milhões de ICMS gerado pela GM e suas sistemistas – empresas que fabricam componentes para os veículos da montadora e que se encontram no pátio do complexo – somente no ano passado.

 

Mais peso na balança

 

A importância da presença da General Motors em solo gravataiense é muito maior se forem colocados na balança componentes como a geração de empregos e a movimentação que os salários representam no comércio do município e a terceirização, por exemplo, do transporte dos automóveis e da própria empresa que fornece a alimentação no complexo.

— Se ficarmos só nestes aspectos já é possível entender porque é inimaginável uma Gravataí sem este complexo — comenta.

E completa:

— A GM é a locomotiva da economia de Gravataí.

Os 50% gerados pela General Motors e sistemistas, de ICMS, de acordo com o secretário municipal da Fazenda, vão representar no orçamento deste ano pelo menos 15% da receita corrente.

E a expectativa, de acordo com Davi Svergnini, é que o quadro fique ainda melhor a se confirmarem os investimentos projetados para a GM no Brasil – incluindo a fábrica de Gravataí – num montante de R$ 13 bilhões, até 2019.

Deste montante, R$ 6,5 bilhões seriam aplicados em uma nova família de carros produzida nas unidades de São Caetano do Sul (São Paulo) e em Gravataí, segundo anunciaram no meio do ano passado os executivos da empresa no Brasil.

 

Para saber

 

A GM não divulga oficialmente os números, mas o complexo automotivo de Gravataí gera cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. Entre 4,5 mil e 5 mil estariam diretamente ligados à fábrica e suas sistemistas.

 

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