Se após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o governo Jair ‘jacaré’ Bolsonaro não viabilizar um plano para vacinar contra a COVID-19 até fevereiro, Cachoeirinha vai comprar doses da CoronaVac para aplicar nas até 37 mil pessoas que integram os grupos de risco, que incluem idosos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde e segurança pública.
– Gostaria sim de ser o primeiro a tomar a vacina, para dar exemplo. Mas como não estou em grupo de risco, pode pegar mal, as pessoas podem achar que o prefeito está ‘furando a fila’. Mas será preciso uma campanha para que, após a aprovação científica, as pessoas confiem na vacina e não acreditem em fake news – disse Miki Breier, na manhã desta quinta, perguntado pelo Seguinte: se poderia dar o mesmo exemplo de chefes de estado, como o presidente eleito norte-americano Joe Biden.
– Os Estados Unidos já vacinaram 1 milhão de pessoas. Se o Brasil não tiver um plano federal de vacinação, o plano B será comprar vacinas pelo consórcio da Granpal (a associação de municípios da Grande Porto Alegre) – explica o prefeito.
É de 10 dólares o custo estimado da dose da CoronaVac, produzida em parceria pelo Butantan brasileiro e a Sinovac chinesa, já visitados por prefeitos da Granpal e a Famurs, a associação dos municípios gaúchos. A vacina tem registro pedido junto à Anvisa por, conforme informação de ontem dos fabricantes, apresentar eficácia superior a 50%, percentual mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O secretário da Saúde Juliano Paz tem reuniões diárias com um grupo de trabalho formado pelas enfermeiras Kelly Freitas, responsável pelo setor de Imunização, Gisele Tertuliano, da Epidemiologia, que já controla a aplicação de testes da COVID-19, e Lívia Pedroso, responsável técnica pela área na Prefeitura. Para já preparar a rede municipal para uma campanha de vacinação, insumos já estão sendo comprados com orientação das técnicas.
– Estamos comprando câmaras frias para armazenamento de vacinas e fazendo um estoque de seringas, agulhas, esparadrapo, gaze esterilizada, tendas e outros materiais. Também vamos abrir conversa com o Cesuca para propor a utilização de estudante de enfermagem na campanha – informa Juliano Paz, secretário da Saúde.
– Torço para que tenhamos uma campanha nacional. Uma das especialidades do sistema SUS é a vacinação. A História do Brasil mostra que assim debelamos a Polio, o Sarampo e outras doenças – diz o secretário, que também mostra preocupação com movimentos anti-vacinas.
– Se famílias correram da vacina contra a Polio, que já era uma tradição brasileiras, resta rezar.
Em Gravataí, o prefeito eleito Luiz Zaffalon também espera um plano nacional, mas diz que “dinheiro não será problema”, caso a Prefeitura tenha que comprar a vacina, como já tratei em Zaffa garante prioridade para vacina contra COVID em Gravataí; ’Não farei demagogia, nem politização’.
Insumos também estão sendo comprados, como Jean Torman, secretário da Saúde do governo Marco Alba, anunciou em Gravataí licitará insumos para vacinação; A cada duas partidas de futebol 1 infectado, mais de 1600 casos em 20 dias e UTIs superlotadas.
Fato é que estou assustado com tanta gente que se cair de quatro não levanta, como não tem a menor vontade.
Basta ler postagens e comentários no Grande Tribunal das Redes Sociais para testemunhar a desinformação. É uma tragédia anunciada. Neste ano a vacinação contra a Poliomielite – a POLIO!!! – atingiu apenas 40% da meta em Cachoeirinha, mesma média estadual e nacional. Na década anterior, ultrapassava os 90%.
No artigo A vacina e os covidiotas apliquei pesquisa que mostra que um em cada quatro pessoas não pretende se vacinar contra coronavírus. O número de negacionistas da vacina é: em Gravataí, que pelas estimativas do IBGE tem 283.620 habitantes em 2020, seriam 14.181; em Cachoeirinha, com 131.240 habitantes, 6.562 e Glorinha, com 8.240 habitantes, 410 pessoas.
Dos Grandes Lances dos Piores Momentos é que são cidades que deram 7 a cada 10 votos para Jair Bolsonaro em 2018 – e o deprimente da república não para de falar bobagens, como o Seguinte: publicou em Chip na vacina, ’virar jacaré’ e outros mitos criam pandemia de desinformação na luta contra a COVID.
Já da família dos jacarés em sua delinquência intelectual, foi eleito como antipolítico, mas trabalha pouco e politiza tudo, sem aparentar preocupação de que suas palavras, com o peso de ‘mito’, matem.
– Eu tive a maior vacina: o vírus – foi sua última sentença obscurantista, anticientífica, instigando quem sobreviveu à COVID-19 a sentir-se imune à reinfecção e, talvez neste Natal e Ano Novo, comportar-se como se o ‘finalzinho’ da pandemia realmente fosse uma realidade.
Ao fim, busquemos informações corretas porque estamos tratando de vidas, não votos. Às vezes, o mundo também está certo, não só você, suas convicções e seus políticos, ou loucos de estimação. Lembre-se de que quando um cara quer te fazer de idiota é porque encontrou material.
E, por favor, Excelentíssimo Senhor Presidente da República Jair Bolsonaro, cala a boca!
Assista Miki falando sobre a pandemia a partir dos 26 minutos do vídeo
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