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O PT de Gravataí monta seu acampamento

Petistas organizaram sarau e ato político para inaugurar nova sede na Arlindo Jaeger, 36, parada 79

Assista à crônica clicando na imagem, ou acompanhe em texto, áudios e links logo após o vídeo.

 

 

Mais para ‘triplex do Lula’ que ‘apartamento em Paris do FHC’, o PT de Gravataí inaugurou sua sede com duas estrelas do partido, o senador Paulo Paim e o candidato a governador Miguel Rossetto.

Com rifa e tudo, os petistas fincaram seu bunker na 79, no coração boêmio de uma cidade onde a política remonta a um episódio dos Simpsons – aquele que 16 anos antes ‘previu’ a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

É que, aconteceu em Gravataí, acontece no Brasil.

A prefeita, Rita Sanco foi impichada, a presidente Dilma foi impichada; o popular Daniel Bordignon pediu música no Fantástico em impugnações de candidaturas, Lula, em sua solitária, também parece estar com os dias contados para não poder concorrer.

– Assim como aqui, lá foi um golpe – resumiu Rita, na entrevista durante a festa que você ouve na íntegra baixando o áudio ao clicar aqui.

 

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Chegando ao sétimo ano sem Prefeitura, sem nenhum vereador, com seu ‘Lula’ Bordignon já fora do partido e a principal estrela, Rita, inelegível até o ano que vem, a aposta é nos compas da nova geração, nos saraus ou batendo perna atrás das linhas inimigas, na política sob o sol e a chuva, não mais no ar condicionado ou no aquecedor.

– Se não há oposição de verdade na Câmara, se não temos representação lá, o Marco Alba que se prepare: a oposição virá dos movimentos sociais, a resposta virá nas urnas – discursou Lucas Kirschke da Rocha, o professor de Português e Literatura de 29 anos que é presidente do PT de Gravataí, entre críticas aos governos do prefeito Marco Alba, de José Ivo Sartori e do presidente eleito para ser vice, Michel Temer.

 

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O ‘novo que sempre vem’, como dizia o Belchior, que também chegou aos vizinhos, sem eleitos, de Cachoeirinha.

– Quando a gente ousa organizar trabalhadores, grêmios estudantis e movimentos sociais, a gente está fazendo política fora dos espaços de poder. Há vida fora dos governos – concorda David Almansa, o sociólogo de 26 anos que é presidente do PT de Cachoeirinha.

 

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Na retaguarda, tem também veteranas estrelas que participaram dos quatro governos, da ascensão e queda, mas não deixaram a militância ser engolida pelo buraco negro das urnas.

– A gente faz a política conversando com as pessoas. Meu papel hoje é só fofoqueiro! Sou um arauto, converso com as pessoas na barbearia, no mercado… – brinca Maza Godoy, representante comercial que milita há 30 anos e já ocupou secretarias nos governos do PT em Gravataí.

 

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Em tempos de fakenews, tem ‘advogado virtual’ sempre online para defender a causa no Grande Tribunal das Redes Sociais.

– Fica um GreNal, mas acho importante para esclarecer muita mentira, muito fakenews – explica o empresário Ilton Pereira da Silva, o Pandollo, que diariamente faz posts defendendo o legado petista e, com bom humor, trava debates com adversários nas redes sociais.

Longe das benesses do poder, mas com uma idéia, como se definiu o presidiário que hoje seria eleito, fácil, presidente do Brasil, tem também novas filiações. “Estrelas que não apagarão a luz”, como disse o presidente Lucas aos que debocham do partido que ainda é o mais querido, conforme as pesquisas.

– O problema no está no PT. Está em certas pessoas, e não é só no PT, que estão afundando o país – explica a funcionária pública municipal Valéria Nunes Pereira, ao explicar como vai defender o partido nos encontros de família e amigos.

Na translação para se reaproximar do sol do poder, antigas bandeiras. ‘Fora Temer’, e a reforma da Previdência.

– O problema é de gestão – resume Paim, que foi presidente da CPI da Previdência.

‘Fora Temer’ e a reforma trabalhista:

– Apresentei nova proposta de CLT, que chamo de Novo Estatuto do Trabalho – informa o senador, cuja entrevista na íntegra, com dados que sustentam sua posição, você acessa baixando o áudio ao clicar aqui.

A volta do Orçamento Participativo, mais policiais e salários pagos em dia são promessas primeiras, com “gasto público correto” e, como dizia o Olívio, de quem Rossetto foi vice eleito em 98, “sem vender um parafuso” do patrimônio do estado.

– O PT aumentou o gasto público onde tinha que ter sido aumentado – defende, na entrevista em que fala também sobre a candidatura de Lula e que você ouve na íntegra baixando o áudio ao clicar aqui.

Se “partido, partido, é dos trabalhadores”, como diz o tradicional refrão, a parte que sobrou em Gravataí resiste bem unida.

 

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