eleições 2018

O que liga apoio de Levi em 2018 com Bordignon e 2020

Levi Melo não disputa eleição em 2018 mas já se apresenta como candidato em 2020

Levi Melo não concorre nesta eleição. Caiu no ‘conto do pastor’, ao ser preterido por Sérgio Peres e Carlos Gomes, os candidatos de sempre a deputado estadual e federal da Igreja Universal do Reino de Deus, sobrenome de seu PRB. Mas, presidente em Gravataí, o médico e um dos políticos de menor rejeição na cidade – pelo menos nas pesquisas de 2016, quando concorreu a prefeito pelo PSD – manteve-se fiel: vai apoiar candidaturas do partido.

Não se confirmaram as suspeitas de que o Novo fosse seu caminho, já que o suplente de vereador Régis Fonseca, uma das pessoas mais próximas a ele, abriu apoio a Marcel van Hattem para deputado federal. E nem aconteceu de, como ocorreu na eleição suplementar de 2017, permanecer próximo a Marco Alba (MDB), apoiando a primeira-dama Patrícia Alba a deputada estadual.

Pelo contrário: uma das candidaturas que o médico organiza em Gravataí pode até ser relacionada ao grupo antagônico ao prefeito, no tradicional GreNal político da aldeia. É Beth Colombo, por oito anos, em Canoas, vice-prefeita e candidata à sucessão de Jairo Jorge, candidato a governador pelo PDT do ex-prefeito Daniel Bordignon.

– Isso é fofoca política. Não falo com o Daniel desde a eleição em que nos enfrentamos em 2016 – despistou Levi, agora há pouco, em conversa com o Seguinte: entre um atendimento e outro em sua famosa clínica, a Millenarium.

– Também nunca falei com o Jairo Jorge sobre isso. É preciso lembrar que temos coligação com o PSDB e apoiamos Eduardo Leite a governador.

O ex-vereador, quarto lugar na disputa pela prefeitura com 19.420 votos em 2016, explica que o PRB em Gravataí se divide entre o apoio dos evangélicos a Sérgio Peres e Carlos Gomes para assembléia legislativa e câmara federal; e dos não ligados à Iurd para Beth Colombo e Carlos Alberto Benedetti, médico de Santa Rosa.

– Como presidente apoio as quatro candidaturas – garante.

Levi reconhece a proximidade de Beth com Jairo, mas credita a uma relação pessoal.

– Governaram juntos e ela saiu do PP e está no PRB graças a ele.

Beth inclusive lidera um grupo de dissidentes de diferentes partidos que dia 11 de agosto abriram apoio a Jairo para governador. A primeira caminhada de campanha, que o candidato fez em Canoas, tinha ao lado a ex-vice.

Levi trata como “fofoca”, mas é inevitável, pelo menos entre os políticos, a especulação de que ele e o grupo de Bordignon possam se aproximar na eleição de Gravataí, especialmente agora que o ex-prefeito está livre das amarras ideológicas da época de PT e já experimentou ter como candidato a vice Cláudio Ávila, algoz da prefeita Rita Sanco no golpeachment que teve voto favorável do médico e, após 14 anos, apeou petistas e bordignons do governo.

– Isso é uma questão para o futuro – sorri Levi, sobre a possibilidade de ter Bordignon, que com os direitos políticos suspensos não pode concorrer em 2020, como o ‘Grande Eleitor’ que foi para a esposa Rosane Bordignon, vereadora que com 44.195 votos na eleição suplementar de 2017 perdeu a eleição para Marco Alba por 4.014 ‘confirmas’.

De futurologia, Levi, que após o acidente que sofreu durante a campanha já está recuperado e movendo naturalmente tanto mão direita, quanto a esquerda, dá um prognóstico:

– Sou candidato a prefeito em 2020.

 

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