Rosane Bordignon (sem partido) pediu demissão do governo Miki Breier (PSB). A ex-vereadora, que ao disputar a Prefeitura na eleição suplementar de 2017 fez 40 mil votos e ficou atrás do reeleito Marco Alba (MDB) por apenas 4 mil votos, ocupava alto cargo na Procuradoria-Geral de Cachoeirinha desde março, como analisei nos artigos Ouroborus Gravataí: Cláudio Ávila, Bordignon e o que Lula tem a ver com isso e Histórico: Miki e Bordignon fizeram as pazes; O efeito 2022 e 2024 em Gravataí.
Salvo engano, não apurei nenhuma briga entre Rosane – e o companheiro Daniel Bordignon (sem partido) – e Miki, ou com o vereador de Gravataí Cláudio Ávila (PSD), o ‘amigo oculto’ da indicação à época. Inclusive fizeram post sobre comemorar juntos o aniversário do advogado na noite desta quinta, dia posterior à exoneração, em um jantar vip no badalado Coco Bambu, em Porto Alegre.
– A minha decisão de apoiar o Presidente Lula, já no primeiro turno de 2022, me levou, por uma questão de lealdade e gratidão ao Prefeito Miki Breier, a pedir minha exoneração da relevante função que ele me designou na Procuradoria Geral do Município de Cachoeirinha – confirmou a professora ao Seguinte:, por WhatsApp.
Ao fim, reputo acerta Rosane. Ao abrir mão de um salário de cerca de R$ 7 mil, mostra a mesma coerência dela e Daniel ao, em maio, pedir desfiliação do PDT pela aproximação com o governo Luiz Zaffalon (MDB) na aprovação da Reforma da Previdência, à qual foram contrários, além de críticos às bolsonariadas que Ciro Gomes (PDT) comete contra Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.
Estava chato Rosane, após a desfiliação, permanecer em um cargo que era de indicação do PDT; se de Paulinho da Farmácia ou Fernando Medeiros, talvez só os dois vereadores saibam.
Detalhes sobre a lulada dos (por enquanto) ex-petistas Bordignons trato no artigo Bordignon fala: PT, Lula, Dimas, Ávila e a ’incompatível história’ com Marco Alba e Bolsonaro.
Mesmo que o presidente estadual e pré-candidato a deputado federal Anderson Dorneles, ex-assessor de Dilma Rousseff queira, e só a possibilidade tenha provocado a renúncia coletiva da direção municipal do Avante que está próxima de Zaffa em Gravataí, é só fofoca uma ida de Rosane para o partido com o compromisso de concorrer a deputada federal – ao menos enquanto o partido estiver no ‘centrão’ e na base do deprimente da república.
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