MEIO AMBIENTE

O que tem na nossa água: pesquisa começa a verificar nível de agrotóxicos na Bacia do Gravataí

Coleta tem apoio do Comando Ambiental da BM, que cede um barco para a equipe chegar a pontos de difícil acesso

A primeira coleta de água para o monitoramento de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Rio Gravataí, na Região Metropolitana, foi realizada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) nesta terça-feira.

– Iniciamos hoje um importante trabalho que dará subsídio para conhecermos a realidade da Bacia do Rio Gravataí com relação ao uso de agrotóxicos. A partir dos resultados, será possível alinhar estratégias e colaborar com as políticas públicas que o Estado desenvolve para a recuperação deste curso hídrico e para ações que envolvam boas práticas agrícolas – salientou o presidente da Fepam, Renato Chagas.

Houve coletas nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, Glorinha e Viamão. O trabalho contou com o apoio do Comando Ambiental da Brigada Militar, que disponibilizou um barco para a equipe realizar a coleta em pontos de difícil acesso.

O projeto foi aprovado em setembro de 2022, após assinatura de um termo de cooperação entre a Fepam e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o qual destinou R$ 752 mil do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados para o monitoramento da bacia hidrográfica.

– Esse monitoramento é de suma importância, uma vez que é um projeto pioneiro no Estado. O primeiro passo são as coletas. Após, as análises serão realizadas pelas equipes da Fepam e por um laboratório terceirizado especializado – explica a chefe da Divisão de Planejamento Ambiental da fundação, Claudia Bos Wolff.

Além dos técnicos da Fepam, integrantes do Comitê de Bacias, de servidores da Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande e do grupo de Ictiofauna da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura participaram das coletas.

A previsão é de que o primeiro resultado saia em até três meses, após verificação acerca da presença de mais de 80 produtos. Caso haja algum parâmetro fora dos limites permitidos, órgãos do Estado serão acionados.

As coletas ocorrerão mensalmente, pelo período de dois anos, tempo de duração do termo de cooperação. 


Monitoramento do Alto Jacuí


A Fepam e o MPRS assinaram, em 5 de abril, um termo de cooperação a fim de destinar R$ 852,4 mil para ações de monitoramento de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Alto Jacuí. O recurso destina-se a coletas e análises da água em oito estações de amostragem da bacia.

Com os trabalhos, será possível monitorar e traçar um perfil em termos de potencial de resíduos de agrotóxicos nesses cursos hídricos, além de mapear os trechos e os períodos mais críticos.

O trabalho faz parte do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água da Fepam, que existe desde a década de 1990. Em 2016, foi firmado um convênio com o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua), por meio do qual a fundação vem expandindo a Rede Estadual de Monitoramento da Qualidade da Água (Rede Básica do RS).

Atualmente, a Rede Básica do RS conta com 221 estações de monitoramento em operação, abrangendo as regiões hidrográficas Guaíba, Litoral e Uruguai. A periodicidade e os parâmetros analisados são os definidos no programa Qualiágua.

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