O voto de Rosane Bordignon (PDT) e Dilamar Soares (PSD) ajudando a base do governo Marco Alba (MDB) a manter um pedido de vistas para adiar análise de projeto do vereador Bombeiro Batista (PSD) pode dizer mais do que uma surpresa no painel de votações na análise de um daqueles PLs do tipo a que me referi nos artigos Projetos de vereadores são frágeis; não é o papel principal e Não basta um ’prefeito de Colatina’ para Gravataí, no caso a proposta 78/2019, que "dispõe que restaurantes, lanchonetes, praças de alimentação de centros comerciais, shopping centers e estabelecimentos similares mantenham afixados cartazes explicativos que demonstrem a aplicação da manobra conhecida como abraço da vida".
É que, apesar de chegarmos apenas ao mês oito, a cada ano há entre os vereadores uma Supercopa – ou Suruga Cup, para quem gosta de trocadilhos mentais em relação às traições que por vezes ocorrem nas votações – que é a eleição para Presidência da Câmara.
A mesa-diretora escolhida simboliza muito do momento político, do quem está com quem.
E ano que vem temos eleições para a Prefeitura e Câmara.
Assim, Rosane e Dilamar se somarem aos aliados do governo, mesmo que em uma votação de coisa nenhuma, pode ser um indício de que o grupo a ser isolado é o que orbita Dimas Costa (PSD) – candidato a prefeito e, na oposição, adversário de Anabel Lorenzi (PDT), a candidata dos ‘Bordignons’ e de Dilamar – e do qual Bombeiro tem sido incendiário, ativo nas redes sociais e crítico ao governo, que, por sua vez, também terá seu candidato.
Se o time de Dimas buscará reforço na atual base do governo assediando Evandro Soares (DEM) e Jô da Farmácia (PTB), já de olho em alianças para a Prefeitura em 2020, o prefeito Marco Alba e a oposição liderada pelos Bordignons também se movimentarão na eleição da mesa.
Em política o que te dizem nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer.
Por isso, (emoji de piscadinha) Printe & Arquive na Nuvem.