É muito improvável, mas como na política da aldeia nada é impossível, não se pode descartar uma terceira alternativa ao grupo do vice-prefeito Francisco Pinho (PSDB), que é ele concorrer à Prefeitura.
Além de botar o nome na rua para uma candidatura a deputado estadual que já projeta para 2018, Pinho apresentaria em uma campanha majoritária os mais de 70 pré-candidatos a vereador que diz ter, somando ao PSDB dois pequenos partidos que gravitam em torno dele, o PEN e o PTN.
Quando mandava no DEM, em 2008, ele lançou a prefeito Sérgio Sampaio, que ninguém conhecia, nunca tinha sido eleito a nada, recebeu 3.993 e ficou na última colocação. Já Pinho como candidato teria um tamanho maior. Ele tem um histórico de cinco mandatos como vereador, recebeu 14.342 para deputado estadual em 2010 e, em dezembro daquele ano, com a cassação de José Sperotto por infidelidade partidária, chegou a assumir o mandato por um ano, até ser eleito indiretamente vice de Acimar da Silva e, em 2012, nas urnas, vice do prefeito eleito Marco Alba.
Pinho já fez espalhar que a direção estadual do PSDB o quer como candidato à Prefeitura, dentro de um plano para o partido crescer no Rio Grande do Sul.
Mas as hipóteses mais prováveis de Pinho e seu grupo são outras. Uma é permanecer no governo Marco Alba (PMDB), mas sem indicar o vice, já que os outros partidos da base – sob o silêncio do prefeito – isolaram a ele, ao filho vereador Fred e ao nome que indicou a vice, o vereador Beto Pereira. A outra é indicar o vice de Anabel Lorenzi (PSB), o que, nos bastidores, alguns dão como tão certo que já teria até dia para a saída do governo: 10 de junho.
Ao fim, todos sabem que qualquer decisão de Pinho depende de um dos motores da política, que é o dinheiro. Sem garantias de recursos para tocar uma campanha eleitoral é melhor ficar onde está.
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