A semana que ampliou de vez o foco da investigação com cúpula do PMDB e PSDB sob holofotes.
A semana encurtada pelo feriado estava desenhada para ser o arranque do Governo Michel Temer para valer, com diretrizes econômicas de longo prazo e uma exibição de comando do Congresso com a aprovação da meta fiscal. O roteiro foi sacudido de vez com a série de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro e delator da Operação Lava Jato, Sergio Machado, que colocaram na mira a cúpula do novo Governo, derrubaram em horas um de seus pilares, Romero Jucá e, de quebra, jogaram suspeitas sobre um aliado de peso, o PSDB do senador Aécio Neves. Para usar as palavras que Machado repetiu, de uma forma ou de outra, em todos os seus diálogos: reinstalou-se de vez o "salve-se quem puder".
Três congressistas que falaram com EL PAÍS sob a condição de não terem seus nomes divulgados relataram que seus colegas do PMDB e do PSDB já estão até buscando advogados para se defenderem de investigações que podem ser abertas contra eles à luz do novo capítulo da Lava Jato.
– Primeiro foi o homem-bomba do PT, agora o do PMDB/PSDB. Daqui a pouco não vai sobrar ninguém. Será o fim da classe política – disse um senador governista, ecoando o ex-presidente da Transpetro.
O Seguinte: recomenda a leitura da reportagem publicada pelo El País. Clique aqui