Disputa por mandato-tampão reflete poder do posto, além do direito à mansão e 72 funcionários
A eleição da próxima quarta-feira na Câmara dos Deputados não será apenas para eleger o próximo presidente da Casa Legislativa, mas pode também escolher o novo ou nova vice-presidente de fato do Brasil pelos próximos seis meses. O motivo é que, caso se confirme o impeachment de Dilma Rousseff (PT)em agosto, Michel Temer será efetivado no cargo e a função de vice-presidente ficará vaga. Pela Constituição Federal, o substituto, no caso de viagem internacional ou impossibilidade do mandatário, passaria a ser o representante dos deputados federais. Mais: em caso de ausência definitiva de Temer, é o presidente da Casa que fica no cargo até a convocação de novas eleições.
A intensa disputa em torno do cargo, mesmo que para um mandato-tampão, não decorre só do xadrez do impeachment. Mesmo em condições mais corriqueiras, a função de chefe dos deputados acumula imenso poder que ficou evidente com a performance de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desde 2015. O posto já é o segundo na linha de sucessão e, além de decidir se aceita ou não um processo de destituição de um presidente da República, cabe ao dono do cargo decidir o que vai à votação no plenário da Casa.
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