Romero Jucá, ministro do Planejamento e homem forte do governo interino de Michel Temer, anunciou seu licenciamento do cargo após a divulgação de gravações em que fala sobre um possível "pacto nacional" para barrar as investigações da Operação Lava Jato.
– Caberá ao presidente me reconvidar ou não. (…) Meu gesto é que somos transparentes e nada temos a esconder – disse Jucá a jornalistas.
Revelados pela Folha de S. Paulo, os áudios contêm diálogos entre Jucá – um dos principais aliados de Temer no processo que o levou ao poder interino – e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
– Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria – diz Jucá em um trecho da gravação de março passado, segundo a Folha. Ele fala também em um pacto nacional "com o Supremo, com tudo. (…) Delimitava onde está, pronto", em suposta referência às investigações.
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Em entrevista coletiva nesta segunda-feira após a divulgação do áudio (mas antes de se licenciar), Jucá disse que se referia "à sangria da economia", e não à operação anticorrupção na Petrobras, e que "sempre apoiou e defendeu" a Lava Jato.
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