Dizem os mais experientes na maternidade/paternidade que o primeiro filho é cercado de cuidados, nas raias da superproteção. Quando chega o segundo rebento, os pais já estão mais “calejados” e ainda cuidam bem, mas sem exageros nem pânico. Já no terceiro filho… esse praticamente se cria sozinho!
Um livro não é uma criança, embora também seja um filho. Mas pelo menos na minha vivência, a dinâmica é bem diferente. O caçula está ganhando bem mais atenção do que os mais velhos. No primeiro lançamento, era tudo novo e o entusiasmo tomava conta, a euforia foi maior do que o planejamento. Foi lindo, uma realização, mas o Brado Carmesim teve vários atropelos. Depois vem aquela fase de “será que vou conseguir lançar o segundo?”. Daí a ansiedade de parir essa cria pega forte, embora eu já estivesse mais madura e mais tranquila quando chegou “É mais simples do que parece”.
Com o terceiro, eu consegui viver a “gestação” com mais plenitude, como nem imaginava que viveria. Foi um processo que começou há quase um ano, quando assinei o contrato com a editora Toma Aí Um Poema. Então veio o envio de mais informações e do original revisado, para então ter início a campanha de pré-venda. Foi praticamente um mês e meio fazendo cards, postando nas redes sociais e tirando dúvidas… batalhando para atingir a meta mínima para a publicação do livro.
E conseguimos! Eu não conseguiria publicar o Pequenas Histórias sem a ajuda de cada um que apoiou a campanha. Foi emocionante saber que tantas pessoas acreditam em mim e querem meu sucesso como escritora! E a emoção quando chegou a primeira sugestão de capa? Que quase já foi a definitiva, houve só um pequeno ajuste. Tava ficando tão lindo meu filhote… Segue mais uma revisão, o aviso de que o livro foi para a gráfica, até que aquele e-mail chegou: o aviso de que os livros estavam prontos e logo seriam enviados. Ahhhh!
Então chegou aquela caixa. O primeiro exemplar foi direto para as mãos da minha mãe. O segundo andou muito nas minhas mãos, porque eu queria mostrar meu neném. E uma nova etapa começava: planejar o lançamento. Marquei com quase um mês de antecedência, para fazer tudo com calma. Pela primeira vez, fiz banner e marcadores para o meu lançamento. Fiz alguns cartazes também, além de card nas redes sociais. Todas as artes minhas. Deu bastante trabalho, mas o orgulho é maior ainda.
Como sou uma inquieta e tenho amigos também inquietos, teve mais invencionice para o lançamento. O que seria uma leitura dramática de um dos contos do livro acabou tornando-se uma adaptação cênica, com direito a adereços e chuva de borboletas de papel. Na noite do dia 20 de maio eu não apenas lancei meu livro, mas também me transformei na menina-poesia. Até quando lanço uma obra de contos, a poesia está presente. Mas não seria tão potente sem a parceria do Jhonatan na construção e atuação, e as mãos hábeis da Thaíse, que dobraram todas aquelas borboletas lindas.
Foi uma noite muito especial, com amigos, abraços, fotos, sorrisos e até brinde. Uma verdadeira celebração desse nascimento. Sou muito grata a cada um que fez parte desse momento, até quem não pôde estar presente fisicamente, mas também celebrou meu novo filho. O coração ficou quentinho, sabe? Receber o carinho e o apoio de amigos que entraram na minha vida em várias fases diferentes é uma confirmação de que tenho feito uma bonita estrada. Também só tenho a agradecer pela acolhida do Guile e toda a equipe do Armazém 500.
E ser escritor é um jeito de flertar com a imortalidade… porque parece que a gente renasce a cada livro que põe no mundo. Mais forte, mais segura, e amando as palavras cada vez mais. Se algum dia houve dúvida, hoje tenho certeza que sou uma escritora, com muito orgulho, e que ainda vou publicar vários livros. O caminho é árduo, mas conheço cada vez melhor as pedras. E escrever não é uma escolha. Eu não existo sem a escrita.
Há muito tempo eu digo que as palavras são as minhas asas (de borboleta, bem coloridas). Então agora é momento de fazer mais uma cria voar por aí. Alguns exemplares já foram para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Paraíba. E espero que o Pequenas Histórias viaje mais ainda.
Quem ainda não tem seu exemplar, pode me chamar no whatsapp ou nas redes sociais e comprar diretamente com essa autora que vos fala. Com direito à dedicatória! Você também pode adquirir o livro no site da editora: https://loja.tomaaiumpoema.com.br/pequenas-historias-para-gente-de-todos-os-tamanhos-jeane-bordignon
Ah! Se quiser, pode buscar comigo na Casa de Cultura de Gravataí, e aproveitar para ver as exposições. E para ver mais fotos do lançamento, é só procurar no meu instagram @jeanebordignon
Viva o Pequenas Histórias!
