crise do coronavírus

O ‘urubu da imprensa’ errou, para menos; contágio em Gravataí cresceu 245 por cento

Coletes verdes, os orientadores da Prefeitura no período pós-abertura das atividades econômicas

Errei, infelizmente.

Na metade de maio, em Casos da COVID 19 devem dobrar este mês em Gravataí; saiba em que bairros estão, o sexo e a idade dos infectados, projetei que Gravataí terminaria o mês com 50 casos, o dobro dos registrados entre março e abril. Encerrou com 83 e quatro mortes, até a publicação deste artigo. O crescimento entre abril e maio é de 245%. Tínhamos 24 casos entre março e abril. Só em maio foram 59. Sete a cada 10 infectados foram identificados neste mês.

É a ‘ideologia dos números’ evidenciando que o distanciamento controlado do Governo do RS é um experimento descontrolado, uma bandeira preta, não laranja, de ‘risco médio’, como a Região Porto Alegre e praticamente todo Estado restaram na reclassificação deste sábado.

Como mostrei em ’Gripezinha’, ’carreatas da morte’, Páscoa, reabertura e Dia das Mães; a progressão da COVID 19 em Gravataí e Cachoeirinha, a incidência da COVID-19 cresceu 80% em todo RS após a flexibilização do isolamento social. O coeficiente de incidência do contágio passou de 33,0 por 100 mil habitantes na semana passada para 59,6.

O Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul tem o mesmo diagnóstico, em nota na qual usa os termos “ilegal e temerário” e critica inclusive a ciência usada no modelo, com “embasamentos técnicos e científicos eivados de ilegalidades” e que termina com o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) “e praticado por todas as nações que defendem a vida de seus cidadãos”.

O Mapa Brasileiro da COVID-19 mostra que o índice de isolamento social no Rio Grande do Sul na última semana foi de 40,1%. No fim de março, quando a pandemia começava a se expandir pelo país, os índices nos três estados chegavam a quase 60%.

Aplicando os dados em Gravataí, até março 168 mil dos 281 habitantes estavam em casa, e 112 mil nas ruas. A proporção simplesmente se inverteu.

Gravataí testou mais, sim, de 0,1% dos 281 mil habitantes já está atingindo 0,2%. Só que, por lógica, quanto mais testar, e maior for a exposição das pessoas ao vírus, mais casos positivos serão registrados. E, se há uma taxa de recuperados de 57,8%, e outros 37,4% em recuperação, 4,8% foram a óbito – sem contar a subnotificação, que ao fim do ano será possível identificar ao comparar as mortes por qualquer coisa em 2020 com as de 2019.

É desumana qualquer referência à 'imunização do rebanho', como já tratei em Sem distanciamento social Gravataí poderia ter mais de 1,3 mil mortes; às ’reginas duartes’. O que, registre-se, nenhuma autoridade política ou sanitária associou-se, até o momento.

Ao fim, o ‘urubu da imprensa’, que muitos criticaram estar exagerando, errou – para menos. O crescimento do contágio em Gravataí não foi de 100%, foi de 245%.

Seja bem-vindo o ‘hospital de campanha’, como tratei em Hospital de campanha de Gravataí abre dia 10; sem tirolesa ou ’Covidão’.

 

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