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Obra do quartel dos bombeiros reinicia terça

Prefeitura rompeu contrato com empresa, fez nova licitação e projeta conclusão em seis meses

O prefeito Marco Alba (PMDB) assina às 9h de terça-feira a ordem de serviço para o reinício das obras da nova sede do Corpo de Bombeiros de Gravataí, que estavam paradas há quase um ano na área doada pelo município na parada 74 da avenida Dorival de Oliveira.

– Descobrimos que a empresa não estava pagando os funcionários, apesar de receber os repasses regularmente. Depois abandonaram o canteiro de obras alegando que tinham recursos em atraso do governo federal para outras obras. Não tinha nada a ver com essa obra. Rescindimos o contrato e licitamos novamente. Foi um processo demorado, que agora chega ao fim – explicou ao Seguinte:, há minutos, o coronel Flávio Lopes, secretário de Segurança de Gravataí.

Era ele quem tinha como uma das principais missões dadas pelo prefeito – que acreditava entregar o quartel pronto ainda no ano passado – acompanhar a burocracia para destravar a obra.

 

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Na nova licitação, disputada por oito empresas, o orçamento cresceu de R$ 750 mil para R$ 850 mil, com adequações feitas pelo comando dos bombeiros a um projeto inicial que já tinha 15 anos. Um pedido do capitão Daniel Borges Moreno incluiu, por exemplo, o cercamento e a pavimentação da área de 3,2 mil metros quadrados, além da construção de uma torre para treinamento em anexo ao quartel.

A obra seguirá sendo custeada pelo Fundo de Reaparelhamento dos Bombeiros (Funrebom), que arrecada em média R$ 30 mil mensais com taxas oriundas de PPCIs e alvarás, por exemplo – valor que pode dobrar, já que hoje há 8 mil prédios regularizados e mais de 10 mil no cronograma de fiscalização e o prazo de vistorias com um sistema online caiu de seis meses para 10 dias.

 

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30 anos depois

 

Marco Alba e Flávio Lopes, que neste domingo à noite acertaram os últimos detalhes do anúncio da retomada das obras, têm histórias relacionadas ao sonho de décadas de construção de uma sede própria para os bombeiros.

Em 1985, como secretário da Indústria e Comércio do governo Abílio dos Santos, Marco organizou a instalação e alugou a primeira sede da corporação em Gravataí, na Avenida Centenário, próxima à rótula com a Adolfo Inácio de Barcelos, rua do ginásio de esportes Aldeião.

Já Flávio Lopes conheceu o caso de Gravataí em sua última lotação antes da aposentadoria, no Centro de Obras da Brigada Militar, quando o Corpo de Bombeiros ainda não havia ganho sua independência. Sem área, e com poucos recursos, o caminho do projeto era o arquivamento.

– Poucos meses depois, quando já estava no governo, o prefeito me pediu prioridade nesse processo e eu conhecia os caminhos. Já era prioridade no primeiro governo. Em seis meses teremos a nova sede – projeta o coronel, que poucos sabem mas foi um dos responsáveis pelo inquérito do caso da boate Kiss dentro da corporação.

 

Dinheiro na conta

 

Além de instalações mais modernas e adequadas ao tamanho do Corpo de Bombeiros de Gravataí, e de uma economia de R$ 100 mil investidos a cada ano no aluguel da sede da Avenida Centenário, o capitão Daniel Borges Moreno sempre aponta a localização na parada 74, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, como um dos maiores ganhos para a comunidade.

– Hoje levamos 40 minutos para chegar a um incêndio na Morada do Vale ou em regiões de maior população.

Conforme o comandante dos bombeiros há um ano já disse ao Seguinte:, o dinheiro está na conta do Funrebom.

– Todo dinheiro para a obra já está no caixa.

 

A NOVA SEDE

: O novo quartel dos bombeiros de Gravataí vai ter uma sede com cerca de 600 metros quadrados, equivalente à estrutura ocupada atualmente e que fica na Centenário.

Na parte inferior será a garagem dos dois caminhões e dois veículos leves utilizados pela corporação no combate a incêndio e serviços administrativos, bem como a sala de operações e o refeitório dos bombeiros. No piso superior ficará a parte administrativa e alojamentos.

A entrada de pedestres no quartel – e à administração, inclusive com rampa para acessibilidade – vai ser pela rua Marcílio Dias, paralela à Dorival, que fica no nível do segundo piso do prédio. A entrada e saída dos caminhões para atendimento de emergências será pela Dorival.

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