O que estava na iminência de sair do chão, lá em abril passado, ainda não decolou e um investimento importante continua parado, sem gerar empregos e sem turbinar a economia do município.
Trata-se das obras do empreendimento do Grupo Zaffari na parada 61 da avenida Dorival de Oliveira. Em abril deste ano que está terminando a expectativa era de que a empresa anunciasse o começo das obras “nos próximos dias”.
Oito meses depois continua tudo na mesma. O acordo que poderia fazer deslanchar a construção de um mega-empreendimento não foi assinado e nenhum motor roncou naquele pedaço de chão, neste tempo todo.
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— O pessoal do Zaffari é muito correto e só faz as coisas quando tem certeza de que está tudo certo. Não adianta, por exemplo, dizer que o licenciamento “x” vai sair em dois dias e que eles podem tocar as obras. Nada disso! Eles vão esperar sair o documento para só então iniciar a trabalhar.
É o que explica o super-secretário Luiz Zaffalon, da Secretaria Geral de Governo. Segundo ele, o pacote que precisa ser desembrulhado está parado no Judiciário, pela dificuldade encontrada para reunir as partes que devem desatar o nó do pacote.
Sem prefeito, não
Outro entrave que está prejudicando – especialmente de outubro para cá! – uma solução para o caso é a indefinição da eleição para a chefia do Executivo. Pelo menos é o que Zaffalon comentou com o Seguinte: nesta semana.
— Eles (Grupo Zaffari) estão na expectativa do que vai acontecer. Não vão sentar à mesa para discutir com um prefeito o que deve ser cumprido por outro, se for o caso.
O que o super-secretário quis dizer é que o Zaffari faz questão de fazer todos os ajustes com um prefeito do qual vão poder cobrar as promessas feitas no decorrer do processo.
O terreno
A área na qual o Grupo pretende construir um mega-empreendimento comercial ao modelo americano de powercenter – um investimento com orçamento inicial de R$ 380 milhões – tem, no total, 61 hectares. O Zaffari tem a posse legal de 23 hectares.
A empresa Katerra, lindeira, e que detém 18 hectares de terras, já resolveu as questões legais para a conclusão das ruas internas já existentes. O problema maior envolve outros quatro donos de terrenos do entorno.
Com estes ainda não houve acordo por uma série de razões e o processo está parado na esfera judicial. Estes quatro são donos de 20 hectares. A expectativa é de que a Justiça despache sentença resolvendo a pendenga no começo de 2017.
— Enquanto isso não acontecer não vai nada pra frente naquele terreno — diz Luiz Zaffalon.
As ruas
Conforme o projeto apresentado à cidade em setembro de 2012, cinco novas ruas estão previstas no entorno do empreendimento. Três delas com acesso à avenida Marechal Rondon, divisa de Gravataí com Cachoeirinha.
A própria Marechal Rondon deverá ser duplicada pelo Grupo Zaffari conforme ficou acertado com a administração municipal na fase inicial das negociações..
Outras duas ruas ligam os futuros prédios à avenida Dorival de Oliveira, na altura da parada 60, onde há vários meses foi instalado um totem com o esquilo vermelho que simboliza o Grupo Zaffari.
O que é o powercenter?
O conceito de powercenter vem dos Estados Unidos. É comum em cidades intermediárias entre grandes regiões metropolitanas.
Diferente de um shopping center – que, em síntese, são pequenas lojas em grandes espaços -, o powercenter concentra poucas lojas em grandes espaços.
As megastores podem ser definidas como lugares que concentram tudo o que o consumidor pode esperar daquele determinado segmento comercial.