crise do coronavírus

Ômicron chegou em Gravataí: Infecções por covid triplicam e procura por UPAs explode; Prefeitura amplia testagem

A variante ômicron chegou com tudo em Gravataí.

– É extremamente contagiosa – alertou ao Seguinte: há pouco o secretário da Saúde Régis Fonseca.

– Está acontecendo aqui o mesmo que em Porto Alegre – compara, informando porém ainda não ter nenhum caso da ‘flurona’, coinfecção por covid e gripe já registrada na Capital.

Gravataí, assim como todas as regiões do Rio Grande do Sul, recebeu o Aviso, primeiro dos ‘3 As’ do sistema de monitoramento da pandemia feito pelo Governo do Estado, como reportei ontem em A covid voltou: Gravataí, Cachoeirinha e RS estão sob Aviso; Soube do vizinho?.

Se no RS o crescimento de caso foi de 5 vezes, em Gravataí os casos de covid-19 triplicaram entre o dia 31 e esta quarta-feira. A média, que nos últimos três meses era de 10 diagnósticos por dia passou dos 30.

Mas o número que deve aumentar com maior testagem, preparada pela Prefeitura para começar nesta quinta, com a chegada de testes rápidos do Governo do Estado.

Serão 4 mil testes coletados – e com resultado em minutos – nas UPAs Abílio dos Santos e Ely Magrisso.

Entre segunda e hoje o movimento nas unidades de pronto atendimento cresceu 40%, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde. Só nesta terça 400 pacientes procuraram a UPA da 74 e 370 a da ERS-020.

O mesmo movimento é percebido nos postos de saúde e farmácias.

A eficácia das vacinas tem feito com que a explosão de casos não tenha como consequência mortes e internações pela covid. Havia, às 16h, 7 pacientes para 8 leitos de UTI e 6 pacientes para 12 leitos de enfermaria do Hospital Dom João Becker/Santa Casa.

Conforme Régis, estava errado indicador do site do coronavírus da Prefeitura que registrava lotação dos leitos no mesmo horário.

– Nossa preocupação é sempre com as internações ou pacientes em observação que avançam para falta de ar. Hoje pela manhã não tínhamos nenhum paciente assim nas UPAs – diz, com alívio, o secretário.

Significa que o volume de atendimento aumentou, mas na grande maioria por sintomas gripais mais leves, no máximo com febre e congestão nasal, sem falta de ar ou pneumonia.

– Conforme o protocolo, quando é feito o PCR (teste ideal, mas de resultado mais demorado por ser enviado ao Laboratório do Estado) receitamos o isolamento de 7 dias para quem tem sintomas gripais, até sair o resultado – explica Régis.

Por enquanto o atendimento de ‘portas abertas’ seguirá feito apenas nas UPAs e no Becker apenas na Emergência Convênio.

– Nas unidades de saúde segue o teleagendamento. Esperamos não ter que voltar a fazer reservas de consultas. Ainda enfrentamos os gargalos da pandemia – observa, lembrando a ‘fila’ de procedimento da atenção básica, e também de maior complexidade, represada pela abertura de espaços para paciente covid entre o início da pandemia, em março de 2020, e o primeiro semestre de 2021.

O secretário reforça a importância das três doses de imunização.

– Temos vacinas em todos os postos de saúde e, até o fim desta semana, no shopping, onde em dezembro, no período de compras, aplicamos 2 mil doses. Esperamos na próxima semana poder vacinar crianças – diz, informando que salas especiais para vacinação infantil serão abertas nas unidades de saúde.

Ao fim, como observei ontem, a covid voltou, dos atores globais, jogadores de futebol e político ao irmão, a amiga e a vizinha.

Não é nosso cansaço, ou a negação, que terminarão com a pandemia.

Apesar dos covidiotas, e graças à vacinação, e, ainda em estudo, uma virulência menor da omicrôn, por enquanto, em 2022, sem colapso no sistema de saúde e maior letalidade.

Para efeitos de comparação, a variante gama foi responsável por um março de 2021 com média de 6 vidas perdidas por dia em Gravataí.

Hoje a média é de 0,2 a cada 24 horas.

No Grande Tribunal das Redes Sociais recebi críticas pela sugestão que dei em Zaffa, imite prefeito de NY e obrigue a vacina em Gravataí; A ditadura da vida.

Mas, fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, a taxa de mortalidade por covid-19 no mês de dezembro no estado do Rio de Janeiro foi três vezes maior entre pessoas não vacinadas.

Vacina protege a vida e a economia.

Chamem 'ditadura da vida', se preferirem.

 

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