SEGURANÇA

Operação na região prende suspeitos de execuções ligadas a rachas internos de facção

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Esquadro, coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas. A ação teve como foco a apuração de dois assassinatos registrados em junho e julho de 2025 no município.

Sob comando da delegada Graziela Zinelli, a operação cumpriu 10 ordens judiciais em Canoas e Novo Hamburgo, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Brigada Militar, por meio do 15º BPM. Três pessoas foram presas.

Os crimes investigados ocorreram em 17 de junho, no bairro Fátima, e em 18 de julho, no bairro Rio Branco, ambos em Canoas. As vítimas, homens com antecedentes por tráfico de drogas, delitos de trânsito, ameaça, desobediência e posse ilegal de arma de fogo, foram executadas em disputas internas dentro de uma mesma organização criminosa.

No primeiro caso, um jovem de 19 anos foi morto dentro de casa, durante a madrugada. Os autores invadiram o prédio se passando por policiais, localizaram a vítima e dispararam diversas vezes. Segundo a investigação, o crime foi motivado por conflitos internos: o rapaz teria atirado contra o carro de uma liderança do grupo, acreditando se tratar de rivais.

O segundo homicídio ocorreu ao meio-dia, quando outro integrante do grupo dirigia seu carro. Ele foi interceptado por um automóvel de luxo e atingido por disparos de fuzis calibre 5.56 e 7.62. O veículo da vítima perdeu o controle e colidiu contra um ônibus. Após o choque, os criminosos desceram e realizaram novos disparos antes de fugir. Esse crime seria uma retaliação pela primeira execução.


Protocolo contra homicídios

De acordo com a delegada Graziela Zinelli, a operação está fundamentada no Protocolo das 7 Medidas de Enfrentamento aos Crimes de Homicídio, que busca reduzir a reincidência desse tipo de delito.

“As ações desencadeadas na presente operação objetivam dissuadir a reiteração criminosa”, afirmou.

O diretor do DHPP, delegado Mário Souza, reforçou que a investigação seguirá até identificar todos os envolvidos.

“Os executores, mandantes e, principalmente, os líderes que estiverem envolvidos nas mortes serão investigados e responsabilizados, conforme a dissuasão focada e o Protocolo das 7 Medidas contra os Homicídios”, destacou.

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