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OPINIÃO | E os 17 milhões não eram só para wi-fi nas praças

Marco Alba e Patrícia Alba, da foto da polêmica do wi fi nas praças para a entrega de 318 câmeras

Muita gente aumentou sua banda política espalhando a fakenews de que a Prefeitura de Gravataí estava gastando R$ 17 milhões para botar wi-fi grátis nas praças.

E por duas horas apenas!, como detalhavam ‘notícias’, devidamente ilustradas com uma foto do prefeito Marco Alba e da primeira-dama Patrícia Bazotti Alba testando o serviço na praça central.

O roteador da polêmica do Grande Tribunal das Redes Sociais linkou o suposto investimento milionário até com a vontade do prefeito Nelson Marchezan de, após um passeio pela Place de La Concorde, importar de Paris para as escuras paradas de ônibus de Porto Alegre tomadas para carregar aparelhos celulares.

Marco acusou o golpe quieto e não lançou, como estava programado para a semana seguinte, o aplicativo onde a pessoa poderia baixar câmeras da praça na frente de casa para poder dar uma olhadas nos filhos e na vizinhança.

 

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Na última sexta-feira, o grosso dos R$ 17 milhões apareceu, como tinha sido anunciado no ‘dia do wi-fi’, mas ninguém leu até o fim nos textos e vídeos das mídias cujo único interesse é o público, como o Seguinte:, ou não se interessou em reproduzir no ‘notíciário’ dos grupos de Facebook.

Já está funcionando o ‘Big Brother da segurança’, com 318 câmeras de vídeo instaladas entre ruas, praças e prédios públicos (postos de saúde e escolas) da cidade. A cada turno, cinco agentes da Guarda Municipal estão encarregados de alertar ou definir ações de policiamento a partir de uma central de monitoramento no Centro Administrativo Leste.

A interligação é feita por 350 quilômetros de fibra ótica, pagos no pacote dos R$ 17 milhões que permite chegar a mil câmeras com uma tecnologia de identificação facial e de placas de veículos em imagens que ficam armazenadas por 30 dias para uso dos órgãos de segurança pública, como Guarda Municipal, Brigada Militar e Polícia Civil.

Se você agora tem a informação correta, e ainda assim não concorda com o investimento, é um direito. Pelo menos duas entre cada 10 pessoas não apontam a segurança pública como prioridade em pesquisas feitas pelo próprio governo. E talvez considerem melhor botar esse dinheiro todo nas causas da violência, como a educação, por exemplo. Mas a obsessão pela segurança pública é um inegável sintoma dos nossos tempos. Para se ter uma idéia, os investimentos na Secretaria de Segurança dobraram de 2017 para 2018, em Gravataí: de R$ 7 milhões para R$ 15 milhões, inscritos no Orçamento de uma cidade que, no ano passado, em meio a uma guerra do tráfico, foi aos três dígitos em homicídios pela primeira vez na história.

Ao fim, goste-se ou não, o play nas câmeras comprova que os R$ 17 milhões não eram só para duas horinhas de wi-fi nas praças.

 

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