coluna do martinelli

OPINIÃO | Filho de Bolsonaro chama ex-vereador de Gravataí de bandido

Montagem com vídeo, post de Carlos Bolsonaro e registro de Márcio Souza na justiça eleitoral

Se Márcio Souza é um bandido, como escreveu Carlos Bolsonaro, o filho do tresloucado Jair, em post com até agora 228 mil visualizações, 7,2 mil compartilhamentos e 4,2 mil curtidas, coraçõezinhos, uaus e grrrs, considero-me em associação criminosa com o ex-vereador de Gravataí e hoje presidente do PV gaúcho. E acredito que muitos que me leem agora participam dessa formação de quadrilha em defesa da democracia, da justiça social, das liberdades civis, dos direitos humanos e das minorias, da civilidade e tolerância.

A história mostra que o silêncio e a incredulidade de muitos com o que pareciam apenas folclóricos napoleões permitiram mundo afora a ascensão de Hitlers, Mussolinis, Stalins e outros ditadores loucos e oportunistas de mais baixo clero.

Márcio saiu da Cohab, onde mora, e foi palestrar na escola Inácio Montanha, em Porto Alegre, a convite de uma turma de ensino médio que escolheu o PV como partido a ser estudado em um trabalho escolar. Alguém enviou para o bolsonarinho menor da família que enquanto combate a corrupção em dez anos multiplicou o patrimônio aos R$ 15 milhões e ele postou trecho de vídeo onde o político gravataiense compara uma mulher votar em Jair Bolsonaro a uma família convidar um pedófilo para babá dos filhos.

A crítica principal no post, onde Carlos, vereador no Rio, ameaça com um “alguém conhece esse bandido para tomarmos as medidas legais?”, é sobre a suposta “doutrinação” em sala de aula. Márcio, também chamado de “canalha”, é descrito como “professor”. O que não é, apesar de ter sido um libertário secretário da Educação de Gravataí que sempre defendeu a escola como centro da produção intelectual, como formadora de seres humanos pensantes e não robôs programados para exercer funções pré-determinadas ou obedecer ao estabelecido pela lógica da Casa Grande e Senzala.

Liguei há pouco para Márcio, para me solidarizar. Os comentários na postagem de Carlos Bolsonaro mostram o perigo de não reagirmos a esse pensamento que usa a desesperança e a ignorância das pessoas para vender como ordem um modelo que nada mais é que a reprodução da lei do mais forte, uma máquina de matar pobres e negros – com o perdão da redundância.

Sorte de Márcio que qualquer desequilibrado (ainda) não pode portar uma arma para enfrentá-lo num “debate”, ou esperá-lo numa esquina, porque pelo menos nas postagens e comentários as ordens no Grande Tribunal das Redes Sociais são “bate, mata, estupra”.

– Aqueles que não respeitam a democracia não gostam de sofrer críticas. E quando são contrariados, respondem assim, com ameaças, não com argumentos. Onde eu for, e puder, continuarei denunciando esse pensamento intolerante e levando informações aos que tem usado a frustração e a descrença neste momento de crise social, política e econômica. Meu silêncio e conivência não terão os que dizem ou concordam que a solução para a criminalidade seja metralhar uma favela, ou que diz que o filho foi bem educado e jamais casaria com uma mulher negra, ou que diz que uma mulher não seria violentada porque não tem aspecto físico que leve ao estupro. São crenças medievais, coisa de ditadores, empoderados ou não, seja à direita ou à esquerda – desabafou Márcio, ao Seguinte:.

É o que acho também.

Abram fogo.

 

O POST

A postagem de Carlos Bolsonaro, onde aparece também o vídeo, você acessa clicando aqui.

 

LEIA TAMBÉM

PERFIL MÁRCIO SOUZA | Fazendo acontecer

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade