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OPINIÃO | Se precisa lei para ceder o lugar no ônibus, algo está errado

Vereador Wagner Padilha, o Tô de Olho no Buraco

A Câmara aprovou uma indicação legislativa de autoria do vereador Wagner Padilha (PSB) para que todos os assentos dos veículos do transporte público de Gravataí sejam preferenciais.

A indicação legislativa não cria uma obrigatoriedade. É apenas uma sugestão para que o prefeito envie projeto de lei ao legislativo.

O parlamentar explica que o fato de existir assentos identificados leva passageiros a não ceder o lugar a quem precisa.

Parece uma grande bobagem, mas serve para reflexão a necessidade de apresentação de um projeto dessa natureza. É o reflexo da nossa falta de educação e um desenho das pequenas corrupções – costumeiramente creditadas aos outros.

Pesquisa de janeiro revelou que sete em cada dez pessoas tem a percepção de que a culpa da corrupção é do brasileiro. Só que, conforme Rupak Patitunda, gerente da Ipsos Public Affairs, a responsabilidade é jogada para os outros por 55% dos entrevistados. É sempre o vizinho que não sabe votar, entendeu?

Da mesma forma sete em cada dez consideram, acima da educação e saúde, a corrupção a principal preocupação na eleição, como se não fosse uma obrigação.

Quando é preciso criar uma lei para alguém levantar e dar lugar a uma pessoa idosa, a uma gestante, a uma mãe com uma criança no colo ou a uma pessoa com deficiência, ou não roubar vira plataforma presidencial, alguma coisa está errada.

 

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