eleições 2018

OPINIÃO | ’Viva o fascismo’, a polêmica em escola de Gravataí

Print de suposto post de vice-diretor é parte de denúncia de professora

Não vou revelar os nomes, apesar de já estar na pauta viral do Grande Tribunal das Redes Sociais de Gravataí. Acredito ser momento de apelar por prudência e bom senso.

Uma professora registrou ocorrência policial por suposto assédio moral cometido pelo vice-diretor da escola municipal onde trabalha.

Ela o acusa de ‘saudá-la’ com aos gritos de “viva o fascismo!” quando deixava as dependências do colégio na tarde da segunda-feira após a eleição.

A professora, além do depoimento de duas colegas que teriam testemunhado o fato, anexa print de postagem onde o vice-diretor aparece em foto, nas dependências da escola, segurando uma camiseta com a imagem de Jair Bolsonaro e fazendo o símbolo da ‘arminha’ com as duas mãos. Ela também copiou post onde o colega, no dia seguinte, escreveu, acima de emojis de risadinhas, “tenho vários nomes para colocar na lista de fuzilamento…”.

– Sinto-me com a integridade física ameaçada – disse a professora, ao Seguinte:, na terça-feira em que alegou não ter condições de dar aula.

Os dois vivem uma relação complicada na escola. Ela, homossexual, já o denunciou por homofobia, em sindicância onde não houve condenação.

– Foi uma brincadeira, uma ironia. Não sou fascista. Apenas respondi ao xingamento – explicou o professor, também ouvido pelo Seguinte:.

Ele alega ter reagido ao ser chamado de “fascista” pela colega, em postagem no facebook e ‘ao vivo’ naquele momento.

– Estou no meu direito de vir trabalhar com a camiseta do Bolsonaro. E a ‘arminha’ é um símbolo característico do nosso ‘mito’. Os alunos fazem, brincam. Eu faço também – diz, não entendendo como uma manifestação inapropriada no ambiente escolar.

A secretaria de educação de Gravataí também se manifestou em nota, a pedido do Seguinte:.

– A Smed repudia toda e qualquer manifestação de caráter discriminatório e preconceituoso. Esse fato, relatado por meio da ouvidoria, está sendo apurado. Não houve nenhum outro tipo de denúncia.

Não estava lá, não testemunhei os fatos. Apenas ouvi os envolvidos e relato como alerta. ‘Dá um ruim’, não? Estamos falando de uma escola…

Sem partido, desde que seja o teu.

 

LEIA TAMBÉM

OPINIÃO | Vitória incontestável, mas Bolsonaro não é dono do Brasil

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade