A menos de uma semana da convenção do PMDB que vai indicar a candidatura de Marco Alba à reeleição, partido e base aliada ainda não bateram o martelo sobre o vice. O Seguinte: especula três que ponteiam as apostas
Nada é tão certo que não possa mudar – nem as nossas próprias dúvidas. E no caso do nome que será o vice na chapa com o prefeito Marco Alba (PMDB), candidato à reeleição, dúvidas é o que não faltam.
A menos de uma semana da convenção do partido, a base ainda discute as alternativas – mas não toma uma dianteira na decisão. No fundo, esperam o prefeito. Um aceno. Uma piscadela de olhos. Um sinal.
Não querem impor um nome que não seja bem-vindo.
O Seguinte:, no entanto, ouviu aqui e ali diversos vereadores que compõe a base aliada do governo para saber quem anda bem e quem já saiu das bolsas de apostas. Três nomes despontam nessa lista – o que não quer dizer que o espaço para surpresas tenha se esgotado aqui.
1. Jones Martins
O deputado federal está em todas as listas como um 'coringão' nessa corrida. Para alguns vereadores, é o nome mais construído da base na cidade depois do prefeito – concorreu a deputado e a prefeito uma vez, além de já ter sido vereador duas vezes.
Diante das restrições da lei eleitoral, poderia ser o grande mobilizador em uma campanha curta em que o candidato terá compromissos e divide seu tempo com o governo. Tem trânsito com a maioria dos partidos aliados, conhece muito dos candidatos a vereador, mesmo os de fora do PMDB e, como deputado federal, poderia atrair apoios de fora do cenário local para a disputa.
Um problema: Jones não tem com Marco uma relação a altura do que a parceria exige no momento. São amistosos um com o outro. 0 a 0, no máximo.
Jones nunca enfrentou Marco. Seguiu seu caminho longe da sombra do atual prefeito. Foi líder da oposição ao governo de Daniel Bordignon e só ganhou a indicação para concorrer em 2008 no início de maio daquele ano, quando as convenções já batiam à porta.
De lá para cá, cresceu longe da Aldeia. Se tornou um dos homem de confiança de Eliseu Padilha em Brasília e, agora, deputado federal. Para amigos, conta que está a vontade no mandato, mesmo sabendo que o período como parlamentar pode ser curto.
Uma conversa entre Marco e Jones que aparasse as arestas e encaminhasse um futuro poderia atrair o deputado para o cenário local – mas, hoje, nada está dado.
2. Tanrac Saldanha
Homem da Igreja Universal em Gravataí, conta com o apoio de toda a direção estadual do PRB, seu partido, para ser o vice. O eleitor evangélico representa cerca de 30 mil votos em Gravataí – e Tanrac poderia ser o nome da chapa à reeleição para dialogar com esse público.
Ex-militar, homem de conversa franca, é visto como conciliador – e emprestaria esses adjetivos ao governo, caso fosse indicado vice.
Conta o fato de que os evangélicos não são necessariamente unidos e, portanto, Tanrac teria acesso a apenas parte dos eleitores desse segmento social. Numa eleição que pode ser decidida no detalhe, cada um conta.
LEIA MAIS:
PERFIL TANRAC SALDANHA: O tenente de Deus
3. Evandro Soares
O nome do vereador democrata voltou a figurar entre as especulações devido a proximidade que tem com o prefeito Marco Alba. Evandro tem sido o mais leal entre os fiéis do governo.
Assim ganhou a confiança de Marco.
Também é tido como conciliador e faz gestos em nome da base que demonstram sua fidelidade ao governo. Esta semana, por exemplo, o Democratas acenou com a chance de coligar com o PP de Robertinho Andrade nas eleições para Câmara.
Na prática, o partido abriria a possibilidade para que Robertinho se eleja, coisa que desconfiava o PP não teria condições de garantir. Com isso, mantém PP e Robertinho ao lado de Marco – mesmo que isso comprometa as chances dele próprio, Evandro, ser eleito ou ver ampliar a bancada do Democratas.
LEIA MAIS: