OUTUBRO ROSA

Outubro Rosa: Patrícia Alba destaca relevância da participação das mulheres na política em Grande Expediente da AL

No período do Grande Expediente da sessão plenária desta terça-feira da Assembleia Legislativa, a deputada estadual de Gravataí Patrícia Alba (MDB) falou sobre o tema “Outubro Rosa e a participação das mulheres”, no Plenário Bento Gonçalves do Memorial do Legislativo. Ela fez uma reflexão sobre o papel da mulher na política e as consequências disso na vida de todos, destacando que a precária representatividade das mulheres nas instâncias de poder da vida pública impacta na concepção e execução de políticas voltadas para as mulheres.

– A representação feminina na política ainda é insuficiente, deficitária e impede o acesso a direitos e agrava a falta de políticas políticas – disse.

A ex-primeira-dama de Gravataí também ressaltou a relevância dos exames para o diagnóstico precoce da doença e os avanços conquistados a partir da força feminina na busca de direitos. 

– Hoje, no Rio Grande do Sul, conseguir um diagnóstico precoce de câncer de mama e, consequentemente, aumentar as chances de cura, pode demorar até seis meses para mulheres que precisam fazer o tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Isso que estamos falando de dois exames fundamentais para o diagnóstico do câncer de mama e que deveriam ser feitos o mais rápido possível, que são as mamografias e a biópsia – afirmou.

A lei estabelece o prazo de 30 dias para atendimento nos casos suspeitos e até 60 dias para o início do tratamento. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer, para o ano de 2023 estima-se que o Rio Grande do Sul registre mais de 3,7 mil casos de neoplasia maligna da mama. Em 2022, foram 1.432 mortes de mulheres pela doença no Estado.

A deputada se manifestou sobre a necessidade constante de cobranças para que as leis em favor das mulheres sejam respeitadas.

– Seria o mesmo se o alvo dos benefícios fossem homens? – questionou.

Em sua reflexão, concluiu que o caminho para as respostas e soluções é o fortalecimento da representação política.

– E isso está acima das ideologias, porque uma mulher, uma vez empoderada, tem seu compromisso primeiro com as outras mulheres, aquelas sem voz nem vez – ponderou. 

Disse ainda que as mulheres se orgulham “sim da capacidade de dirigir instituições de caráter social, mas também têm condições de protagonismo de definição dessas políticas públicas, em todos os campos de ação”.

Além disso, citou o trabalho da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa e da Comissão de Saúde na Casa Parlamentar, que cobram recursos e efetivação das leis, assim como, o atendimento célere para enfrentar o avanço da doença.

– As mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro, ainda assim, somente em torno de 15% das candidatas às eleições no Brasil foram eleitas no último pleito – frisou a parlamentar.

De acordo com estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral, entre 2016 e 2022, a participação da mulher nas eleições brasileiras teve um aumento total de 2%, e o índice de eleitas registrou um incremento de 4%. Nas eleições de 2022, apenas 18% dos cargos políticos brasileiros foram representados pelo gênero feminino.

– Somos a maioria, mas quase não temos representatividade na política nacional, estadual ou municipal. E queremos que nossos direitos sejam respeitados e que sejamos protegidas pela Justiça – concluiu.

Participaram o coordenador de Relações Institucionais e Governamentais do Femama, Alexandre Bem Rodrigues; a diretora-geral do Imama, Rita Cunha; e o presidente da Câmara de Vereadores de Gravataí, Alison Silva.

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