RAFAEL MARTINELLI

Parceiro de pescaria de Bolsonaro, Zucco apoia Zaffa e sonha com o prefeito de Gravataí no PL

Zaffa, Coruja, Zucco e Evandro no palanque na escola cívico-militar de Gravataí

O presidente do PL de Gravataí, Evandro Soares, garantiu ao Seguinte: nesta terça-feira que resta mantida a candidatura de José Capaverde a prefeito, contestando o que analisei ontem em PL faz da candidatura de Capaverde a prefeito uma fake news; O bolsonarismo ‘pra negócio’ em Gravataí.

Fato é que Capaverde – mesmo presidente da juventude estadual do partido, pertencente à facção do presidente estadual Giovani Cherini e tendo voado ontem para Brasília encontrar o presidente nacional Valdemar Costa Neto e gravar vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro –não terá o apoio de Luciano Zucco, deputado federal mais votado no Rio Grande do Sul na eleição de 2022.

Aquele que é um dos maiores expoentes do bolsonarismo e parceiro de pescaria de Bolsonaro (inclusive estava com o inelegível quando a Polícia Federal cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão na casa do clã em Angra) abriu apoio à reeleição do prefeito Luiz Zaffalon (PSDB).

O vereador bolsonarista-raiz de Gravataí Evandro Coruja (PP), também da facção de Zucco e que estava no palanque político montado na entrega de boinas e uniformes na Escola Cívico-Militar Murialdo, sábado, em Gravataí, também já empenhou apoio a Zaffa, seja qual for a decisão de seu partido, onde o outro vereador, Roger Correa, segue atrás do muro, sem uma confirmação pública sobre o apoio à reeleição ou ao ex-prefeito Marco Alba (MDB).

A interlocutores, Zucco já disse que gostaria de ter Zaffa no PL de Bolsonaro, após a eleição. Quando era articulada a indicação do vice de Marco Alba, tanto o prefeito, antes de entrar no PSDB após se desfiliar do MDB, quanto o vice, Dr. Levi Melo, antes de trocar o Republicanos pelo Podemos, não ganharam acolhida no partido, muito por obra de Evandro Soares e Onyx Lorenzoni, que prometeu apoio a Marco Alba quando o ex-prefeito abriu dissidência no MDB gaúcho para apoiá-lo a governador, mesmo com Gabriel Souza candidato a vice de Eduardo Leite (PSDB).

Zucco, que ao assumir a presidência do PL de Porto Alegre foi o responsável pela desfiliação do vice-prefeito Ricardo Gomes, da plataforma de ‘verdades múltiplas’ Brasil Paralelo, tenta agora tomar o comando do PL do Rio Grande do Sul e tem planos de concorrer ou ao Palácio Piratini, ou ao Senado, em 2026. Ter apoio do prefeito da quarta economia gaúcho, caso Zaffa seja reeleito, seria uma das trincheiras.

Ao fim, reputo seria uma surpresa menor do que a filiação ao PSDB, que incomodou apoiadores mais radicais de Zaffa que deliram ao considerar os tucanos “de esquerda”.

O prefeito apoiou Bolsonaro ainda no primeiro turno de 2022 e, apesar de sempre se apresentar como da “direita liberal”, já subiu no palanque mais extremo do bolsonarismo, como analisei em TBT no palanque do bolsonarismo-raiz não é por acaso: a ‘bolsonarização’ de Zaffa.

Se contabilizar o que Eduardo Leite fez politicamente por ele no PSDB, talvez não restem dúvidas ao prefeito. O governador não resolveu, por exemplo, a aliança com Dimas Costa (PSD), que aceitaria renunciar à candidatura à Prefeitura para apoiar a reeleição em troca de um ‘projeto estadual’, ou seja, assumir como deputado estadual ou secretário de Estado.

Não recordo a última aparição de Leite em Gravataí, apesar de, ao menos no pré-enchente, percorrer o interior do RS até para festa de vereador. Após a filiação do prefeito, feita na sede do partido em Porto Alegre, é não foi. Há, no meio político, quem credite o distanciamento a áudio enviado ao governador no qual Zaffa fala a evangélicos sobre a construção tradicional da família.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade