Notícia não engravida. O Parto da Notícia traz as fofocas dos bastidores da política, para você anotar e depois nos cobrar.
No fim da tarde de 26 de novembro de 2005, Eliseu Monteiro se escondeu no banheiro. Não queria ouvir Kuki, jogador do Náutico, bater o pênalti que poderia prender o Grêmio pelos pés ao inferno da Segundona. Quando Galatto defendeu, o gritedo do Carazinho junto da filha Julia acordou o pequeno Mateus, de oito meses, e irritou a esposa Lidiane, colorada.
– Ainda hoje, quando vejo aquele DVD, choro.
Há pouco, o presidente do PPS de Gravataí lembrou essa história ao lado de Rodrigo Galatto, para o riso de Any Ortiz, no gabinete da deputada estadual que é a chefona do partido no Rio Grande do Sul e da família proprietária do Asun, super que depois de quase uma década voltou a funcionar na aldeia dos anjos este ano, na Jorge Amado.
Os dois tentam convencer o goleiro gremista e herói da ‘Batalha dos Aflitos’ a entrar na bombonera da política partidária.
Morador do Alphaville em Gravataí, Galatto pendurou as chuteiras em janeiro. Aos 34 anos, com a fama de segurar a grana como catava bolas com firmeza em seu auge no Grêmio, o agora ex-goleiro recusou propostas para continuar jogando e investiu em uma peixaria, a Calamares Peixes & Frutos do Mar, na Anápio Gomes, ao lado do amigo Daniel Kampff – seu fiel escudeiro desde os 10 anos de idade, quando os dois se criaram na parada 72.
Sobre a filiação, para concorrer a deputado em 2018 e, quem sabe, a vereador de Gravataí em 2020, o goleiro ficou de pensar. Assinatura, até agora, só no autógrafo para o Carazinho.