Josué Francisco, presidente do PSB de Cachoeirinha, que é o partido do prefeito Miki Breier, envia esclarecimento sobre o ‘direito de resposta’ exercido pela Câmara, que publiquei em Câmara pede direito de resposta sobre artigo da CPI do Lixo, e que já era uma contestação a meu artigo no Seguinte: de terça Questões sobre a CPI do Lixo de Cachoeirinha; do Fantástico ao Zorra Total.
Siga a íntegra do que informa Josão e, ao fim, comento.
“(…)
Nota de esclarecimento.
O presidente do PSB informa que recebeu cópias em meio eletrônico de parte do Processo da CPI sobre a contratação e Execução de Serviços da SKM.
Só que esta documentação consiste em atos formais de constituição da CPI, requerimentos, oitivas, ordens de pagamento e planilhas da empresa SKM e também da empresa Pioneira, que foram fornecidas pela própria Prefeitura (estes dois últimos documentos constituem quase que a totalidade das cópias disponibilizadas).
Porém, não foram disponibilizadas as cópias do que é o mais relevante, que é a fase final do processo, já que ainda estariam com o relator (à época da entrega parcial).
Entre estas cópias aguardadas existe uma contratação de auditoria, cuja cópia do contrato e o relatório final do resultado dos trabalhos de auditagem realizados até o momento não nos foram disponibilizadas, bem como o relatório final da CPI.
O material que recebemos (em 7 de fevereiro), em torno de 25.000 cópias escaneadas estão sendo analisados, mas as cópias pendentes são essenciais para a conclusão desta análise.
(…)”
Analiso.
Está feio isso.
Só reforça o caráter ‘amalucado’ da CPI.
Ao que parece, mudou de lado a meia verdade que tratei ontem – e meias verdades sempre tem um lado mais próximo da mentira.
Em resumo, o presidente do PSB desmente a nota enviada pela Câmara.
Pela explicação de Josão, a nota da CPI é mentirosa.
Ele esclarece que foi dado acesso a um conjunto de documentos, mas quase todos eles de origem da própria Prefeitura, e não ao levantamento feito pela consultoria contratada pela CPI a mais de R$ 50 mil e, o principal, a interpretação sobre as medições do contrato da limpeza urbana.
Conclui assim o primeiro artigo:
"(…)
Espero as contestações técnicas do governo ao relatório. Até cotejar ‘acusação’ e ‘defesa’, a prudência me recomenda desconfiar de uma irregularidade de CENTO E TRINTA E UM QUILÔMETROS – e com recibo!
Confesso que meu crédito seria maior à CPI se a investigação não tivesse acontecido às vésperas do ano eleitoral e, envolvendo as mesmas personagens, concomitantemente à piada de mau gosto do golpeachment, e, principalmente, com redes sociais identificadas com a oposição apontando a CPI como a investigação que vai derrubar Miki.
Ao fim, se comprovado esse erro absurdo, é coisa de ‘prefeito no Fantástico’. Se comprovado exagero da CPI, é coisa de ‘vereadores no Zorra Total’.
(…)".
Lamentavelmente, o roteiro já está mais para Zorra Total do que para Fantástico.